Os trabalhadores da Highpoint marcaram greve para 31 de janeiro e 01 de fevereiro, para denunciar a prática de pagamento dos salários com atraso, mas foi desconvocada, após a empresa pagar os salários de janeiro.
"Não queremos interrupções no serviço de limpeza porque interferem diretamente no serviço da CP. Nunca houve uma falha da nossa parte", afirmou o presidente do Conselho de Administração da CP -- Comboios de Portugal, Pedro Moreira, que falava numa audição conjunta com as comissões parlamentares de Economia e Trabalho, na sequência de um requerimento do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE).
Pedro Moreira esclareceu que o contrato com a empresa que presta serviços de limpeza à CP tem cláusulas de obrigatoriedade de pagamento dos salários.
Sempre que há uma alteração do prestador, a nova empresa tem que assegurar os ordenados vencidos e não pagos, de modo a que, em caso de litígio, os trabalhadores não aguardem vários meses por essa regularização.
Questionado sobre o recurso a empresas externas para a prestação destes serviços, o presidente do Conselho de Administração da CP destacou que estas estão "otimizadas na sua área e podem prestar um melhor serviço".
Por outro lado, conforme assinalou, têm "toda uma logística que a CP não tem", como a aquisição dos produtos de limpeza, o que poderia levar a uma "subida substancial" dos custos para a CP.
"Não podemos entrar num ciclo de resultados negativos que atirariam a empresa para uma situação muito complicada", assinalou.
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