Banco de Portugal estima que economia vai crescer 2,3% este ano

A economia portuguesa crescerá 2,3% este ano, abrandando para 2,1% e 1,7% em 2026 e 2027, de acordo com as estimativas divulgadas pelo Banco de Portugal (BdP), esta quinta-feira.

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Notícias ao Minuto
20/03/2025 11:02 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Economia

BdP

"No horizonte da projeção, antecipa-se o regresso a um padrão de crescimento mais assente no investimento e nas exportações do que no consumo que, em 2024, explica mais de metade do crescimento", pode ler-se no comunicado divulgado pelo supervisor da banca. 

 

Já a inflação deverá recuar para 2,3% em 2025 e estabilizar em 2% nos dois anos seguintes, "beneficiando de um crescimento mais contido dos preços nos serviços".

"Em 2025, continua a ter um desempenho volátil, projetando-se valores trimestrais entre 1,9% e 2,6%", aponta o BdP.

Segundo o supervisor, "a evolução do consumo privado acompanha a do rendimento, mantendo-se a taxa de poupança elevada. Em 2024, o rendimento disponível real teve um crescimento elevado (7,8%), projetando-se uma desaceleração progressiva em 2025-27, que se traduzirá num abrandamento do consumo das famílias. Após um aumento de 3,2% em 2024, o consumo privado cresce 2,8% em 2025 e 1,8% em 2026 e 2027".

"O investimento acelera em 2025-26, impulsionado pela melhoria das condições de financiamento, da procura e do fluxo de fundos europeus. Para 2027, projeta-se uma estagnação provocada pelo termo do PRR", pode ler-se.

Já as "exportações avançam a um ritmo médio de 2,9% em 2025-27, inferior ao seu desempenho recente, num ambiente de crescimento da procura externa, mas com menor dinamismo dos serviços e menores ganhos de quota de mercado. Com a entrada de fundos europeus, a capacidade de financiamento da economia atingirá níveis historicamente elevados".

No mercado de trabalho, a taxa de desemprego estabiliza em 6,4% e o emprego continua a crescer, mas a um ritmo progressivamente mais baixo, assim como os salários. 

O BdP aponta ainda que os "riscos da projeção são significativos":

"À invasão da Ucrânia e ao conflito no Médio Oriente junta-se a nova orientação geopolítica e comercial dos Estados Unidos. A materialização destes riscos pode significar aumentos do preço das matérias-primas, disrupções nas cadeias de abastecimento, menor crescimento do comércio mundial e flutuações cambiais marcadas. Não menos importante, a incerteza pode levar empresas e famílias a adiar ou cancelar decisões de investimento e consumo. Um cenário ilustrativo de agravamento de tarifas impostas pelos EUA às importações da União Europeia aponta para um impacto negativo relevante na economia portuguesa. Por outro lado, a aceleração do processo europeu de reformas pode estimular a atividade através, por exemplo, de um aumento da confiança", pode ler-se. 

Leia Também: Banco de Portugal estima que Portugal vai crescer 2,3% este ano

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