"Nós apresentámos uma proposta para a criação de um fundo de emergência, para que, em caso de necessidade [...] termos capital para apoiar os setores que venham a sofrer maiores dificuldades", disse o coordenador técnico da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFRAGI), Augusto Ferreira aos jornalistas, em Lisboa.
"O fundo pode ser financiado através da reserva de crises da União Europeia e complementado, obviamente, com apoios do Orçamento do Estado", acrescentou o responsável da confederação.
O coordenador falou aos jornalistas após reunir-se, em conjunto com outras 16 associações setoriais, com o ministro da Economia e com o ministro da Agricultura e Pescas, em Lisboa, no âmbito das tarifas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos.
O responsável denotou também que estas dificuldades podem não surgir apenas da exportação, mas também da possibilidade do país ser "invadido" por produtos de diferentes destinos, o que teria impacto na produção nacional.
"Temos que acompanhar esta evolução do mercado externo e interno, mas estar devidamente preparados para, em caso de necessidade, atuar", sublinhou.
Augusto Ferreira acrescentou também que este é um momento "importante para ajudar (as cooperativas agrícolas) a capacitar e aumentar a sua força para entrar em mercados externos".
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na semana passada a suspensão das chamadas "tarifas recíprocas" por 90 dias, sendo que estas incluíam a União Europeia.
Leia Também: Contramedidas da UE às tarifas norte-americanas suspensas até 14 de julho