Os economistas do NECEP - Católica Lisbon Forecasting Lab preveem um abrandamento da economia no arranque do ano, com um crescimento em cadeia de 0,2% (que se segue aos 1,5% registados no 4.º trimestre de 2024) e de 2,5% em termos homólogos.
A Católica piorou também as previsões para o conjunto do ano, devido ao impacto das tarifas, apontando agora para um crescimento de 2%.
Já o barómetro CIP/ISEG projeta um crescimento entre 2,2% a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, em termos homólogos, "o que corresponde a um crescimento em cadeia compreendido entre 0% e 0,2%".
O Fórum para a Competitividade também estima que a economia "terá desacelerado" nos primeiros três meses do ano, para entre 0,3% e 0,6% em cadeia, a que corresponde uma variação homóloga entre 2,5% e 2,8%.
"No primeiro trimestre, o consumo privado parece ter mantido um dinamismo significativo, mas não tão dinâmico como no final do ano, enquanto o setor da construção terá mantido um bom desempenho", destacou o Fórum, no último boletim, onde projeta um crescimento no conjunto de 2025 entre 1,5% a 2%.
Da mesma forma, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) alertou, no último relatório divulgado no início de abril, que "após um forte desempenho registado no último trimestre do ano passado, a economia portuguesa deverá desacelerar de forma expressiva no 1.º trimestre".
Para o conjunto do ano, o CFP projeta um crescimento do PIB de 2,2%, uma revisão em baixa de 0,2 pontos percentuais face às previsões de setembro.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi uma das últimas instituições a realizar previsões para a economia portuguesa e apontou para um crescimento de 2% este ano, o que representa uma revisão em baixa das estimativas.
O Governo, por sua vez, estimava no Orçamento do Estado para 2025 um crescimento de 2,1% este ano, sendo no entanto de salientar que a AD prevê, no cenário macroeconómico inscrito no programa eleitoral, que o PIB vai crescer 2,4%.
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