Os dois maiores partidos portugueses bem podem dizer que ‘muito mais é o que os une que aquilo que os separa”, como diria Rui Veloso.
De acordo com o Diário Económico, o grupo de trabalho para o programa económico do PSD está a preparar a criação de um crédito fiscal a ser aplicado aos trabalhadores com salários mais baixos.
A medida é em tudo semelhante à que os economistas do PS criaram e a que deram o nome de complemento de salário anual. Contudo, escreve o Diário Económico, o grupo de trabalho ‘laranja’ já estudava esta hipótese antes de António Costa divulgar as suas pretensões para a década a nível macroeconómico.
Segundo a mesma fonte, o crédito fiscal em estudo pelo PSD será atribuído a quem tiver salários mais baixos e servirá como um incentivo ao trabalho e desincentivo à atribuição do subsídio de desemprego.
Isto é, os peritos do PSD acreditam que uma pessoa com um salário baixo, mas que receba um crédito fiscal, optará por trabalhar ao invés de ficar em casa a receber o subsídio de desemprego que, muitas vezes, é superior ao salário.
Esta medida, explica o Económico, mostra que o aumento do salário mínimo é algo que não está no horizonte até porque os técnicos do PSD já assumiram que são contra este aumento por ter um impacto negativo no emprego.