“É muito difícil perceber como é que se chega a este ponto. Estamos a falar de uma empresa emblemática, acho que os portugueses se identificam com esta empresa mas temos que pensar que houve países como a Suíça que também tinham uma empresa emblemática e ela desapareceu, faliu”, começou por explicar Silva Peneda, em entrevista à Rádio Renascença.
O antigo presidente do Conselho Económico e Social indicou que a situação é grave. “Eu acho que estamos aqui a trabalhar no fio da navalha”, afirmou, acrescentando que, na sua opinião, “esta greve não tem sentido”.
“O que eu não entendo é que se começa um conflito desta natureza e há um braço de ferro que ninguém tem elasticidade para ceder. E quem vai perder nisto é o país”, sublinhou Silva Peneda.
Sobre quem recairão as culpas, o comentador explica: “Uns vão culpar os sindicatos, e acho que são imprudentes no que estão a fazer. Da parte do Governo também há muita rigidez e da parte da administração da TAP”.
Silva Peneda repetiu que não entende como é que se chega este ponto, sendo que a TAP é a “única empresa portuguesa que resiste e que é nosso património”.