O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) propôs no final do ano passado às administrações das empresas do grupo CTT um aumento de 4% dos salários em 2016, com subida mínima de 35 euros.
O secretário-geral do SNTCT, Vítor Narciso, explicou à Lusa que, ao longo das negociações, o aumento salarial proposto pelo sindicato sofreu alterações, situando-se hoje nos 2,2%, valor abaixo do qual o SNTCT garante que não irá descer, tendo entregado na quinta-feira um pré-aviso de greve para todo o dia 28 de março.
Na reunião que o sindicato teve hoje com a administração do grupo CTT, Vítor Narciso disse não ter havido um acordo.
"Não chegamos a acordo, a administração reformulou a proposta, mas para valores muito baixinhos, de um aumento de 1,25%. Nós mantemos a proposta que tínhamos. Apesar de termos vontade para renegociar, a administração marcou uma nova reuni8ão para 23 de março", disse Vítor Narciso.
O sindicalista diz que se tudo se mantiver como está no dia 23, então a greve será para avançar.
Em dezembro, o sindicato explicou que, no caso dos CTT, empresa que foi privatizada há dois anos, a proposta "visa recuperar uma parte do poder de compra perdido pelos trabalhadores ao longo dos últimos anos, durante os quais o governo PSD/CDS impôs o congelamento salarial".
"Por outro lado, é justo que, sendo os trabalhadores que contribuem decisivamente para os lucros dos CTT e para a boa imagem da empresa, apesar dos parcos meios que lhes são postos à disposição e tendo que trabalhar além dos seus horários, tenham o direito de verem as suas remunerações aumentadas", refere o SNTCT.