É a sétima queda seguida nessa comparação, que mostra que a crise no país se aprofunda e que já perdeu fôlego a estimativa do mercado de que a economia brasileira poderia recuperar com mais facilidade após uma mudança de Governo.
Todos os principais setores usados como base de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) registaram quedas. A agropecuária recuou 1,4%, a indústria encolheu 1,3% e os serviços caíram 0,6%.
Frente a igual período de 2015, os dados do IBGE indicam que a geração de riqueza na economia brasileira se contraiu em 2,9%.
No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registou uma queda de 4,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Já no resultado acumulado de janeiro até o mês de setembro, a economia do Brasil recuou 04% em relação a igual período de 2015, a maior queda para este período desde o início da série em 1996.
Em valores correntes, o PIB brasileiro no terceiro trimestre de 2016 alcançou 1,58 biliões de reais (440 mil milhões de euros).
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), usada para medir o investimento, voltou a cair (-3,1%), após ter crescido 0,5% no trimestre anterior.
Já o consumo das famílias caiu 0,6% no terceiro trimestre sobre o anterior pela sétima vez seguida, resultado que decorre da subida do desemprego e da dificuldade que os brasileiros estão a ter para pagar dívidas já contraídas.
A recessão também fez com que o consumo do Governo brasileiro recuasse 0,3% no período.
No setor externo, as exportações caíram 2,8% enquanto as importações recuaram 3,1% em relação ao segundo trimestre de 2016.