Dezasseis funcionários da operadora, incluindo três cidadãos australianos, foram condenados à prisão na China, em junho passado, por promoverem jogos de azar no país.
Os funcionários foram acusados de atrair jogadores chineses ricos para jogar além-fronteiras. Entre os três australianos sentenciados está Jason O'Connor, vice-presidente executivo da Crown.
O caso afetou as receitas do grupo.
Segundo o escritório de advogados Maurice Blackburn, centenas de acionistas foram afetados por uma queda de 14% nas ações, ocorrido em outubro de 2016, quando foi anunciada a decisão do tribunal chinês.
O caso suscitou acrescida preocupação pelo investimento significativo da Crown nas instalações em Barangaroo, Sydney, apresentado como um casino de luxo.
O operador de casinos "correu riscos" na China, "num contexto conhecido, em que Pequim tem combatido atividades ilícitas relacionadas com o jogo", disse o escritório de advocacia.
"Os acionistas deviam ter sido informados sobre os riscos assumidos pela Crown na China e a ameaça inerente ao seu investimento", acrescentou.
A publicidade a jogos de fortuna e azar na China continental é proibida e os agentes não podem organizar grupos com mais de dez cidadãos chineses para apostar além-fronteiras.
Em maio passado, a Crown Resorts vendeu toda a participação na Melco Resorts, que detém casinos em Macau.