Como 'fazer render' o reembolso que vai receber do IRS?

O Notícias ao Minuto falou com António Ribeiro, economista da Proteste Investe, que destacou cinco produtos financeiros onde pode aplicar o dinheiro.

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Beatriz Vasconcelos
12/04/2018 07:45 ‧ 12/04/2018 por Beatriz Vasconcelos

Economia

Impostos

Passaram 12 dias desde que arrancou o prazo para a entrega da declaração do IRS referente a 2017 e os reembolsos do IRS já começaram a chegar aos bolsos dos contribuintes - o Governo, refira-se, apontou esta data, no caso do IRS automático, como referência, à imagem do ano passado. Entre os que vão receber, há quem vá aproveitar este dinheiro para comprar algo que pretendia há muito, quem vá aproveitar para saldar dívidas, para amortizar empréstimos e quem vá procurar soluções de investimento, para fazer o dinheiro render.

A este propósito, o Notícias ao Minuto falou com António Ribeiro, economista da Proteste Investe, uma publicação financeira da Associação para a Defesa do Consumidor (DECO). 

"Os reembolsos nunca serão muito elevados, pelo que as soluções de investimento são produtos sem risco ou de baixo risco, que têm taxas de juro muito baixas", explicou António Ribeiro. 

Ainda assim, António Ribeiro destacou cinco produtos nos quais pode investir o dinheiro do IRS:

  • Aproveitar os depósitos promocionais

Há depósitos promocionais que oferecem taxas de rentabilidade mais vantajosas, com juros superiores à inflação. A desvantagem, salienta o economista, é que esses depósitos são de curto prazo, ou seja, são entre três a seis meses. Para fazer face a este problema, o economista salienta que "com mais algum trabalho" é possível ter mais rentabilidade caso se transfira o dinheiro entre vários depósitos deste tipo quando terminado o tempo. 

António Ribeiro refere que este tipo de depósitos existem, por exemplo, no Banco Carregosa, no BIG, Banco Best e BNI Europa. Para escolher qual o melhor, a DECO disponibiliza um simulador para o efeito. 

  • Seguro de capitalização

Esta é uma solução de médio/longo prazo, que pode ser subscrita por 20/50 euros por mês. Entre as vantagens estão, por exemplo, os benefícios fiscais adjacentes a esta solução. 

Porém, António Ribeiro alerta que este produto tem um problema: as comissões bancárias. 

A 'Escolha Acertada' para a DECO é o seguro Generali + Poupança, da companhia de seguros Generali. "Uma solução de capitalização com total garantia do capital investido, elevada liquidez e rentabilidade", pode ler-se na descrição do produto no site da seguradora. 

  • PPR com risco

Esta poderá ser uma solução para canalizar dinheiro para a reforma, sendo que o capital não é garantido. António Ribeiro explica é recomendado que a pessoa que subscreva este PPR esteja a mais de 10 anos da reforma, de modo a que "caso apareçam anos controversos pela frente, possam recuperar o dinheiro". 

Esta solução não tem o capital garantido. A DECO recomenda o fundo Alves Ribeiro - PPR, do Banco Invest, que "no ano passado rendeu quase 11%".

  • Replicação de uma carteira de fundos

O economista elucida que as carteiras de fundo da Proteste Investe podem ser subscritas por 10 euros e são um produto com risco. Segundo o site oficial, são propostas três carteiras "compostas por fundos de vários tipos de ativos e de diferentes zonas geográficas", pode ler-se no site. 

  • PPR com capital garantido sob a forma de seguro

Este produto é mais seguro do que um PPR tradicional, uma vez que o capital é garantido. A 'Escolha Acertada' para a DECO é o Lusitânia Poupança Reforma PPR. Segundo António Ribeiro, esta solução ofereceu em 2016 e nos últimos três anos uma taxa de rentabilidade média de 4,2%. 

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