A nova pesquisa confirma o que há muito se suspeitava – as vagas de calor ‘fritam o cérebro’.
Para efeitos daquele estudo, o grupo de cientistas norte-americanos observou um grupo de estudantes durante um período temporal prolongado de calor, examinando a performance dos indivíduos que viviam em dormitórios com ar condicionado, comparativamente a outros que habitavam em espaços sem qualquer meio de arrefecimento artificial.
Os investigadores apuraram que os participantes que viviam em edifícios quentes atingiram um nível de desempenho medíocre na resolução de problemas e realização de testes de memória, relativamente aqueles que desfrutavam de ar condicionado.
Os dados apurados neste estudo, e noutras pesquisas prévias, sugerem que os seres humanos trabalham melhor quando experienciam uma temperatura ambiente ótima, e os investigadores recomendam, quando possível, a integração de sistemas de ar condicionado sustentáveis e amigos do ambiente em espaços fechados.
“Isto aplica-se sobretudo às crianças na escola e aos empregados de escritório – muitas vezes notamos que os níveis de temperatura estão demasiado elevados devido à inexistência de ar condicionado”, disse o coordenador do estudo, à publicação britânica The Independent, o professor catedrático Jose Guillermo Cedeno-Laurent.
Pesquisas realizadas anteriormente examinaram sobretudo o efeito do tempo quente na saúde física e mental dos indivíduos mais vulneráveis da sociedade, nomeadamente entre os idosos e as crianças.
E tal, segundo Cedeno-Laurent, criou a falsa impressão de que a pessoa comum não é afetada pelas vagas de calor.