Sabia que inicialmente a infeção com o vírus do VIH pode assemelhar-se a uma gripe ou manifestar-se através do aparecimento de aftas? De acordo com o médico Michael Horberg, em entrevista à revista Women’s Health, a maioria das pessoas não está a par destes e outros sintomas.
Durante as primeiras semanas após o contágio a pessoa passa pela fase da infecção aguda pelo VIH ou síndrome retroviral aguda. Nesse período de tempo há quem manifeste sinais como febre, dores no corpo e dor de garganta. No entanto, após essa etapa, os pacientes passam para o estágio de latência clínica, conhecido como VIH crónico, geralmente assintomático.
Relativamente à prevenção da doença, o Centros de Controle e Prevenção de Doenças do Governo dos Estados Unidos (Centers for Disease Control and Prevention) recomenda o uso de preservativo ou possivelmente a exploração de novos medicamentos, como a profilaxia pré-exposição e a profilaxia pós-exposição (PEP), que visam prevenir a transmissão do VIH.
Apesar da patologia ainda ser incurável, a verdade é que atualmente com os avanços que se registaram nos últimos anos na medicina a maioria dos pacientes infetados com VIH ainda pode ter uma vida longa e saudável graças aos tratamentos com terapia anti-retroviral. Todavia, se não for tratado, o vírus pode progredir para o desenvolvimento da SIDA, o que pode torná-lo ainda mais suscetível a doenças graves e, eventualmente, levar à morte.
1. Febre e calafrios
Febre com temperatura baixa acompanhada de calafrios é um dos sintomas mais comuns do VIH. “O corpo está a tentar lutar contra um corpo estranho que não deveria estar lá, neste caso ineficaz”, diz Horberg.
A febre geralmente dura entre uma a duas semanas, mas pode surgir por apenas um dia. “Se existir alguma hipótese de ter sido infetado, faça o teste”, alerta.
2. Aftas
“As aftas são húmidas, redondas e esbranquiçadas no revestimento da boca – e podem ser causadas por inflamação quando o corpo tenta combater o VIH”, explica Horberg.
3. Meningite
“Como o VIH se dissemina através do sistema nervoso central, pode causar meningite viral, um inchaço das membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal”, aponta Amesh Adalja, especialista em doenças infecciosas da Johns Hopskins Bloomberg School of Public Health, nos Estados Unidos. De acordo com o CDC, os sintomas comuns da meningite viral incluem febre, irritabilidade, letargia e vómitos.
4. Dor de garganta
Uma resposta inflamatória à infeção viral grave também pode causar inflamação na garganta, dificultando a ingestão. Mas seu médico não detetará manchas brancas nesta área, apenas vermelhidão e inflamação, como se estivesse com gripe.
5. Feridas no corpo
É comum surgir uma leve erupção vermelha em todo o corpo, incluindo braços, tronco e pernas – embora possa aparecer em apenas um ou dois pontos.
“É uma vermelhidão geral, não discretos inchados avermelhados. Se já teve uma reação à algum medicamento, é semelhante”, afirma Horberg. Regra geral dura pelo menos uma semana e não provoca comichão. É uma reação à febre, juntamente com a resposta natural da inflamação do corpo, uma vez que está a combater a infeção.
6. Acordar com suores noturnos
Estamos a falar do tipo de transpiração que provoca poças de suor e que vão fazer com que tenha de trocar os lençóis. “O corpo está a tentar libertar toxinas”, diz à Women’s Health o médico Michael Horberg
“Embora o VIH possa causar suores noturnos, muitos outros culpados potenciais também o fazem. A menopausa, mononucleose e cancros como linfoma e leucemia são alguns exemplos”, explica. Por isso, se acordar com os lençóis molhados ao longo de algumas noites, procure um médico.