Pela primeira vez, a edição de janeiro da Vogue Itália não integra fotografias. A decisão passa por fazer um 'statement' sobre a questão da sustentabilidade.
Numa nota, o editor da revista de moda, Emanuele Farneti, explicou as razões recorrendo ao exemplo da edição de setembro de 2019, a maior edição do ano.
“Cento e cinquenta pessoas envolvidas. Vinte voos, dez comboios. Quarenta máquinas. Sessenta expedições internacionais. Pelo menos 10 horas de luz acesa continuamente, parcialmente alimentada por geradores a gasolina. Resíduos alimentares de restauração. Plástico para embrulhar roupas. Energia para carregar telefones, câmeras...", argumenta Farneti.
Com a consciência de que existe um impacto ambiental significativo associado à publicação de uma revista de moda, em vez de fotografias, a edição apresenta oito capas ilustradas por artistas.
“O desafio era provar que, como exceção, é possível mostrar roupas sem fotografá-las”, explicou Farneti citado pelo Independent, acrescentando que esta é a primeira vez que a Vogue Itália tem uma capa ilustrada.
O dinheiro poupado com a edição ilustrada será destinado à Fondazione Querini Stampalia, um centro cultural em Veneza recentemente danificado pelas inundações.