De acordo com um artigo publicado pela CNN, a subvariante da estirpe Delta da Covid-19 que está a aumentar no Reino Unido e se está a disseminar em Portugal tem um risco menor de levar à infeção sintomática por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
O novo estudo REACT-1 realizado por investigadores do Imperial College London, apurou que a subvariante, AY.4.2, cresceu para aproximadamente 12% das amostras sequenciadas, todavia somente um terço apresentava sintomas típicos associados à Covid-19, comparativamente a quase metade daqueles infetados com a estirpe Delta ou AY.2, atualmente dominante.
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Adicionalmente, os especialistas registaram que dois terços dos indivíduos doentes com a AY.4.2 apresentavam "algum" sintoma, em comparação com mais de três quartos afetados pela AY.4.
Segundo a CNN, crê-se que AY.4.2 seja ligeiramente mais transmissível do que Delta, mas não foi demonstrado que cause formas mais graves da doença ou que detenha uma maior resistência às vacinas.
Os investigadores concordam que pessoas assintomáticas podem se autoisolar menos. E sublinham que indivíduos que experienciem menos sintomas podem consequentemente disseminar o novo coronavírus com menor facilidade através da tosse e têm assim uma menor chance de adoecerem gravemente.
"Parece ser menos sintomático, o que é uma coisa boa", mencionou à CNN o epidemiologista Paul Elliott.
Previamente, o Imperial College tinha dados a conhecer dados preliminares que apontavam que a incidência do SARS-CoV-2 estava no nível mais elevado registado em outubro, com um maior número de infeções entre crianças.
Ora, os resultados completos da última análise do estudo, feita entre 19 de outubro e 5 de novembro, confirmaram que os níveis de infeção caíram desse pico.
Mais ainda, o estudo REACT-1 averiguou que as doses de reforço das vacinas diminuíram o risco de infeção na população adulta em dois terços, relativamente a pessoas que tomaram apenas duas doses dos imunizantes contra a Covid-19.
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