Andar este número de passos por dia reduz risco de demência

Independentemente da idade.

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Notícias ao Minuto
08/09/2022 07:55 ‧ 08/09/2022 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Doenças neurodegenerativas

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos. No entanto, há uma forma muito simples de travar estes números. 

Comece por ir buscar umas sapatilhas confortáveis. Segundo um artigo publicado na revista científica JAMA Network, caminhar diariamente de modo a atingir entre 3.800 e 9.800 passos, percorrendo entre 2,5 e 6,5 quilómetros, respetivamente, diminui o risco de demência (um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço).

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Os investigadores avaliaram os desempenhos de mais de 78.400 cidadãos residentes no Reino Unido. O relatório mostra que indivíduos entre os 40 e os 79 anos, que deram cerca de 9.800 passos por dia, reduziram em 50% o risco de demência, num período de sete anos.

Borja del Pozo Cruz, professor adjunto da Universidade do Sul da Dinamarca, investigador científico na área da saúde e também coautor do estudo, considerou, em entrevista à CNN, que este documento passa "uma mensagem que os médicos podem transmitir às pessoas, até aos mais sedentários". "Os quatro mil passos são executáveis para muitos, mesmo aqueles que estão menos aptos ou não se sentem muito motivados", disse. 

Aqueles que conseguiram atingir 40 passos por mim apresentaram 57% menos probabilidade de desenvolver demência. Estas pessoas deram uma média de 6.315 passos por dia, o equivalente a cerca de 4,3 quilómetros. Já quem deu 3.800 passos por dia, cerca de 2,5 quilómetros, a qualquer velocidade, conseguiu diminuir o risco em 25%.

No relatório, os autores do estudo Ozioma Okonkwo e Elizabeth Planalp ressalvam: "Muitas vezes há atrasos consideráveis no diagnóstico de demência e este estudo não inclui avaliações clínicas e cognitivas formais de demência". Ou seja, "é possível que a prevalência de demência na comunidade tenha sido muito maior", alertam. 

Ainda assim, "as evidências crescentes em torno dos benefícios da atividade física para manter a saúde cerebral ideal não podem continuar a ser desconsideradas". 

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