Jejum pode ajudar a prevenir Alzheimer, sugere estudo

A descoberta foi feita por um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

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Notícias ao Minuto
31/01/2024 21:35 ‧ 31/01/2024 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Alimentação

Um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, sugere que o jejum pode contribuir para prevenir o Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que causa perda de memória e declínio cognitivo progressivos, perturbações da linguagem e até dificuldade em realizar tarefas como pagar contas e lidar com o dinheiro.

Num artigo publicado na Cell Reports, os cientistas apresentaram evidências de que a estratégia alimentar pode reduzir a inflamação do corpo, contribuindo para a prevenção de doenças.

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Durante a o estudo, os investigadores fizeram uma espécie de teste com 20 pessoas, instruídas a tomar um pequeno almoço com 500 calorias antes das oito horas e a jejuar nas 24 horas seguintes. O jejum era interrompido apenas na manhã do dia seguinte e, durante o intervalo, os voluntários só poderiam consumir água.

As amostras de sangue dos voluntários foram recolhidas após o primeiro pequeno almoço, no final das 24 horas de jejum e depois da refeição do segundo dia. No final do jejum, os resultados demonstraram níveis superiores de ácido araquidônico, um lipídio que armazena energia e transmite informações entre as células. Assim que os indivíduos comeram novamente, os níveis caíram.

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Testes feitos em laboratório mostraram que níveis elevados de ácido araquidônico reduzem a atividade do inflamassoma NLRP3, uma célula inflamatória ligada ao Alzheimer e ao Parkinson. Quer isto dizer que o jejum parece atenuar a inflamação do corpo. "Isto sugere que o jejum regular durante um longo período pode ajudar a reduzir a inflamação crónica que associamos a estas condições" afirmam os autores do estudo.

Recorde-se que o Alzheimer é a forma mais comum de demência, um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

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