Segundo um novo estudo da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, disponibilizado na JAMA Otolaryngology - Head & Neck Surgery, o uso contínuo (e diário) de marijuana ao longo de anos pode aumentar o risco dos cancros da cabeça e do pescoço em 3,5% a 5%.
Isto significa que a investigação "mostra que as pessoas que consomem canábis, especialmente as que sofrem de uma perturbação por consumo de marijuana, têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolver cancros da cabeça e do pescoço do que as que não consomem canábis", explica Niels Kokot, uma das autoras do estudo, citada na CNN internacional.
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Para o estudo, a equipa de cientistas analisaram uma base de dados de quatro milhões de registos de saúde eletrónicos e encontraram mais de 116 mil diagnósticos de perturbações relacionadas com o consumo de canábis entre indivíduos com cancros da cabeça e do pescoço. Foram, depois, comparados com pessoas com o mesmo diagnóstico de cancro, mas que não tinham sido diagnosticadas com perturbações relacionadas com o consumo de canábis.
Graças a isto, concluíram que "as pessoas com perturbações relacionadas com o consumo de canábis tinham cerca de 2,5 vezes mais probabilidades de desenvolver um cancro oral"; "quase cinco vezes mais probabilidades de desenvolver cancro da orofaringe, o cancro do palato mole, das amígdalas e da parte posterior da garganta"; assim como "oito vezes mais probabilidades de desenvolver cancro da laringe".
Explicam ainda que pode ser o ato de fumar uma das principais razões para a associação entre fumar erva e os cancros da cabeça e do pescoço. Isto porque fumar tabaco também aumenta, em cerca de 90%, o risco destes tipos de cancros.
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