Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, sugere que um medicamento usado na indução do parto pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer. De acordo com o artigo científico, publicado na revista Nature Aging, os efeitos foram comprovados em ratos.
A hipótese defendida pela investigação é que, em pequenas doses, a hormona hormona prostaglandina leva a contrações musculares não no útero, mas nos vasos linfáticos do pescoço, que filtram o fluido cerebrospinal, permitindo que substâncias tóxicas acumuladas no cérebro sejam escoadas. Desta forma, há um menor risco de demências o como Alzheimer.
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O estudo decorreu em duas fases. A primeira comparou a capacidade de funcionamento dos vasos linfáticos de ratos jovens com a de idosos. Os mais velhos mostraram-se 63% mais lentos na filtragem dos fluidos. Numa fase posterior, os cientistasanalisaram dois grupos de ratos idosos: só o primeiro recebeu prostaglandina em diferentes doses para estudar que impactos teria na higiene cerebral.
Os autores do estudo acreditam que, no futuro, a descoberta poderá ser replicada em humanos.
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Recorde-se que Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa perda de memória e declínio cognitivo progressivos, perturbações da linguagem e até dificuldade em realizar tarefas como pagar contas e lidar com o dinheiro, e que é a forma mais comum de demência. Demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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