Uma vacina experimental mostrou-se eficaz no combate a casos de cancro em estado avançado, segundo os resultados de um estudo de fase 1 realizado no King's College London, no Reino Unido, apresentados no sábado, 14 de setembro, durante o congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, que decorre em Madrid, Espanha, até ao final do mês.
O imunizante foi desenvolvido para doentes com cancro do pulmão, melanoma e outras neoplasias sólidas (com origem nos tecidos que não incluem fluidos). Esta vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), a mesma usada nas vacinas contra a Covid-19.
Leia Também: Cinco alimentos que protegem o coração. Palavra de cardiologista!
Ao contrário das vacinas convencionais, esta inovação não tem como objetivo prevenir a doença, mas sim combatê-la. Foi criada para preparar o sistema imunitário a reconhecer e destruir as células cancerígenas.
A investigação do King’s College London contou com a participação de 19 doentes oncológios. Os voluntários receberam entre uma e nove doses do tratamento de imunoterapia. Oito dos 16 indivíduos cuja resposta imunológico foi avaliada finalizaram a primeira fase do estudo clínico, feita para testar a segurança e a tolerabilidade da vacina, com o crescimento do tumor controlado. Além disso, não apresentaram nenhum novo tumor.
Leia Também: Atenção a estes alimentos populares. São 'veneno' para o coração
"Este estudo avalia uma imunoterapia de mRNA contra o cancro. É um primeiro passo importante no desenvolvimento de um novo tratamento para pacientes com cancro avançado", contragulou-se Debashis Sarker, principal autor do estudo, Debashis Sarker, em comunicado de imprensa.
O tratamento foi bem tolerado pelos voluntários, que apresentaram efeitos secundários considerados leves, como dor no local da injeção, febre e fadiga.
Leia Também: Organismo inflamado. Os cinco sinais de 'perigo' a que deve estar atento