Chef João Rodrigues e o seu Canalha voltam a liderar prémios Mesa Marcada

A 16.ª edição decorreu hoje no Estoril e que contou com 305 votantes.

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Lusa
03/02/2025 22:19 ‧ há 2 horas por Lusa

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Mesa Marcada

O chef de cozinha João Rodrigues e o seu restaurante Canalha, Lisboa, regressaram ao topo dos prémios atribuídos pelo blogue de gastronomia Mesa Marcada, cuja 16.ª edição decorreu hoje no Estoril, e que contou com 305 votantes.

 

A liderança de João Rodrigues e do Canalha no Top 10 Restaurantes e Chefes marca assim o regresso do domínio do chefe português às distinções principais, como já ocorrido várias vezes no passado.

Segundo a organização, a "particularidade deste ano reside no facto de o restaurante com que venceu, o Canalha, em Lisboa, não ser um estabelecimento de 'fine dining'", uma tendência já verificada há dois anos, quando o Prado (Lisboa) foi o primeiro restaurante sem estrelas Michelin a alcançar o primeiro posto na categoria de restaurantes, "feito inédito em muitos anos de história destes prémios dos 'Preferidos' do Mesa Marcada".

Na edição deste ano, realizada no Centro de Congressos do Estoril e que contou com cerca de 500 convidados ligados ao setor, foram entregues o Prémio Especial Cutipol Carreira à chef Justa Nobre, "reconhecendo o seu notável percurso de mais de 45 anos, em grande parte dedicados às várias incarnações do emblemático restaurante de família, O Nobre".

A decisão coube a um painel de 32 chefs que integraram o Top 10 ou foram distinguidos com prémios especiais do Mesa Marcada nos últimos cinco anos.

Este grupo atribuiu também o Prémio Especial Maria José Macedo - Produtor / Fornecedor do Ano a Raul Reis, agricultor da Lourinhã que, "resgatado à reforma, tem contribuído de forma singular para a valorização de um produto aparentemente simples, mas fundamental na gastronomia: a batata".

Já o chefe José Avillez foi distinguido com o Prémio Especial Fagor Professional Empresário de Restauração 2024, eleito por um painel de 29 personalidades, maioritariamente empresários do ramo e diretores de restaurantes, incluindo também fornecedores, jornalistas e gastrónomos.

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O Prémio Especial Vista Alegre Chefe Revelação de 2024, que este ano passa a distinguir chefs até aos 35 anos que tenham subido consideravelmente nas posições cimeiras ou entrado de forma expressiva no ranking, foi atribuído a Louise Bourrat (Boubou's, Lisboa).

"A jovem chef tem-se destacado no Boubou's, estabelecimento que conquistou também o Prémio Especial H.Blin Serviço de Sala do Ano, atribuído por um júri restrito de 34 pessoas ligadas ao meio", segundo a organização.

O Prémio Especial Quinta dos Carvalhais Restaurante Novo do Ano foi atribuído ao Ciclo, de José Neves e Cláudia Abreu, um pequeno projeto na Mouraria, em Lisboa, "ao estilo novo bistrot, com 'ela recebe e serve, ele cozinha'".

A organização assinalou, no ranking deste ano, a "notável subida" de 19 lugares do Sala (Lisboa, uma estrela Michelin) de João Sá, de 29º para 10º, que lhe valeu o Prémio Especial Estrella Damm Restaurante Destaque do Ano.

Já o chef Nuno Mendes subiu nove posições até ao 6º lugar (era 15º), conquistando o Prémio Especial Makro Chefe Destaque do Ano, "em reconhecimento do seu excelente trabalho na Cozinha das Flores, no Porto, e pelos primeiros passos dados no novo Santa Joana, em Lisboa".

O Prémio Especial Quinta dos Carvalhais Restaurante Novo do Ano foi atribuído ao Ciclo, de José Neves e Cláudia Abreu, um pequeno projeto na Mouraria, em Lisboa, "ao estilo novo bistrot, com "ela recebe e serve, ele cozinha".

O painel alargado de júri escolheu ainda o Prémio Especial Queijo São Jorge DOP Mesa Diária, conquistado pela alfacinha Taberna Os Papagaios, de Joaquim Leal, um estabelecimento recorrente nesta categoria.

Outro repetente, o festival Chefs on Fire, da Lohad, de Gonçalo Castel-Branco, arrecadou pelo terceiro ano consecutivo o Prémio Especial Nutrifresco Evento Gastronómico do Ano.

Já a Queijaria, de Pedro Cardoso, estreou-se com o Prémio Especial Bom Sucesso Loja Gastronómica do Ano.

A edição deste ano dos Prémios Mesa Marcada teve uma outra novidade: a atribuição de uma distinção local - Prémio Especial Restaurante do Ano Cascais, concelho que acolhe a cerimónia de anúncio dos prémios e "pela sua relevância gastronómica".

O eleito foi o Izakaya, de Tiago Penão, escolhido por um júri composto por 35 pessoas da região ou com forte ligação à mesma, nomeadamente chefs, proprietários e outros profissionais do setor da restauração e hotelaria, jornalistas, comunicadores e gastrónomos locais.

Os prémios contemplam outras áreas da restauração, nomeadamente a da pastelaria, em que Sara Soares (Caos - O Futuro é Vegetal) recebeu o Prémio Especial Roastelier by Nescafé Chefe de Pastelaria 2024, atribuído por um júri especializado de 41 pessoas, entre profissionais do setor e entusiastas.

O Prémio Especial S. Pellegrino/Acqua Panna Escanção do Ano foi entregue a Pedro Escoto, o jovem sommelier do Feitoria (uma estrela Michelin), em Lisboa, numa votação que reuniu 45 votantes, principalmente colegas de profissão, jornalistas, clientes enófilos, produtores e outros profissionais ligados aos vinhos e à restauração.

Os estabelecimentos históricos também têm o seu lugar nos Prémios Mesa Marcada. O Gambrinus (Lisboa), fundado em 1936, recebeu o Prémio Especial Alugue Aqui Restaurante Clássico do Ano, votado por 35 chefs de cozinha que, em nome próprio ou dos seus restaurantes, figuraram nos '10 Preferidos' ou venceram prémios especiais do Mesa Marcada nos últimos cinco anos.

O Prémio Especial Studioneves de Sustentabilidade foi atribuído novamente ao restaurante Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, na categoria 'meio rural', enquanto A Cozinha por António Loureiro (uma estrela Michelin), em Guimarães, triunfou na categoria 'meio urbano'.

O Porto foi o principal destino das distinções dedicadas aos bares. O Prémio Especial Viriathus Drinks Bar do Ano foi atribuído ao Torto, de José Mendes, Daniel Poças e Vando Montenegro, enquanto o Prémio Especial Zwiesel Glas Bar de Restaurante do Ano distinguiu o Flôr, bar adjacente ao restaurante Cozinha das Flores, de Nuno Mendes, sob a direção do bartender Jorge Morales.

Duas novas categorias que "foram recebidas com particular entusiasmo pelo setor, tanto na fase de nomeações como na constituição do júri, que reuniu 43 elementos entre bartenders, proprietários de bares, profissionais do comércio de bebidas e entusiastas da área, incluindo jornalistas e comunicadores", destacou o Mesa Marcada, de Miguel Pires.

Entre os critérios, o júri avaliou a cozinha com personalidade (com maior ou menor intervenção na transformação do produto), uma certa artesanalidade, a excelência da comida (privilegiando o rigor, sem necessariamente exigir perfeição técnica), a empatia e, num segundo plano, o ambiente, o serviço de sala e os vinhos.

O painel alargado reuniu este ano um número recorde de 305 elementos, manteve a sua composição habitual, ainda que renovado, integrando chefs e outros profissionais ligados à restauração e hotelaria, bem como jornalistas, críticos, comunicadores e gastrónomos reconhecidos no meio.

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