Um novo estudo publicado na Gastroenterology revela que alterações genéticas numa enzima intestinal podem aumentar o risco de síndrome do intestino irritável (SII). Em causa estão variantes da sacarase, uma enzima responsável pela digestão da sacarose que depois é transformada em fructose e glucose.
O estudo analisou dados de 360 mil pessoas do UK Biobank. Concluíram que pessoas que tinham algumas variantes desta enzima corriam o risco de vir a sofrer da síndrome do intestino irritável.
"As conclusões não apenas contribuem para a compreensão do risco de SII em pessoas predispostas à má digestão de carboidratos, mas também apoia a ideia que deve adaptar a sua dieta com base na genética", revela Mauro D'Amato, um dos autores do estudo.
"Embora estudos adicionais sejam necessários para validar estas descobertas iniciais, estes resultados têm implicações potenciais para o desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico, estratégias alimentares e até mesmo terapias direcionadas a enzimas para abordagens personalizadas de prevenção e tratamento da SII", continua.
Segundo o 'website' do Hospital da Luz, "a síndrome do intestino irritável é um problema comum, que afeta até 20% da população ocidental, em algum momento da vida".
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