Mamoplastia de aumento. Está na altura de parar de acreditar nisto

O médico Eduardo Matos desmistifica cinco mitos.

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Notícias ao Minuto
20/02/2025 22:02 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Cirurgia estética

É atualmente uma das tendências mais registadas na cirurgia plástica em Portugal e a segunda cirurgia plástica mais realizada em todo o mundo. O aumento mamário é uma cirurgia relativamente simples em que é colocada uma prótese atrás da glândula mamária. Em alguns casos, em vez de utilizar próteses mamárias, pode ser utilizada a gordura corporal colhida por lipoaspiração para aumento do próprio peito. 

 

Com isso em mente, o cirurgião plástico Eduardo Matos, diretor clínico da Bívar Clinic, em Lisboa, apresenta alguns dos mitos que muitas vezes estão associados a esta cirurgia.

1- O mamilo perde sensibilidade

Eduardo Matos explica que "pode ocorrer em algumas situações de pós-operatório, mas é extremamente raro (0,3-0,4%). Normalmente uma recuperação completa de um aumento mamário ocorre até ao final de 6 meses. Quando ocorre alteração da sensibilidade do mamilo ela melhora com o tempo e habitualmente pelos 6 meses deve ter resolvido".

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2- Não se deve realizar a cirurgia antes de se ser mãe

"Não há uma correlação entre a maternidade e a cirurgia de aumento mamário. Se a gravidez não estiver num horizonte próximo, a cirurgia poderá ser realizada; se for provável a gravidez num curto espaço de tempo, aí deverá ser ponderada a sua realização após a gravidez e amamentação."

3- A colocação de implantes mamários impede de amamentar

O médico esclarece que "uma mulher que tenha colocado implantes mamários por exemplo com 29 anos e que aos 31 anos é mãe, não tem habitualmente problema em amamentar. O implante não irá interferir com a produção e subida do leite". Como explica Eduardo Matos, "o implante é normalmente colocado abaixo da glândula mamária, não havendo nenhum contacto direto com os ductos que transportam o leite até o mamilo". "Em alguns casos pode haver remodelação ou cicatriz (para introdução da prótese) do parênquima mamário, mas estatisticamente isso não impede a amamentação na maioria das mulheres."

4-  O implante mamário pode aumentar o risco de cancro da mama

Ao longo dos últimos anos, a ciência e a medicina têm procurado desenvolver estudos que ajudem a dar resposta a esta questão. Para Eduardo Matos "os estudos demonstram que as mulheres com próteses mamárias não têm risco aumentado de desenvolver cancro da mama. Contudo existem alguns tipos de cancro muito raros (BIA-ALCL e BIA-SCC) que poderão estar associados aos implantes". "O que recomendo é que com ou sem implantes uma mulher deva realizar regularmente o autoexame da mama e realizar exames como a mamografia quando indicados pelo seu médico assistente."

5- Os implantes mamários são para toda a vida

"Não há propriamente um 'timing' exato para dizer quando é que uma mulher deve substituir os seus implantes embora muito frequentemente se refira como tendo uma vida útil de 10-15 anos. Muitas vezes são mudados por ter existido alterações e envelhecimento da mama e realiza-se no mesmo tempo operatório dessa cirurgia a substituição dos implantes." O que é recomendável é que as mulheres que realizam aumento mamário mantenham um seguimento periódico com o seu cirurgião plástico assistente e façam os exames de rotina quando indicado.

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