Nunca o mundo falou tanto da doença do vírus do Zika, uma condição causada pelo mosquito Aedes e que tem, atualmente, o Brasil como o seu ponto central de alarme.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas com a doença do vírus do Zika podem apresentar sintomas como febre ligeira, erupções cutâneas, conjuntivite, dores articulares e dor de cabeça, sinais de doença que têm uma duração que varia entre os dois e sete dias. Mas as consequências desta doença são mais graves ainda.
A ciência tem analisado minuciosamente a doença – que já se encontra em vários pontos do mundo – e o consenso clínico sobre uma associação do vírus do Zika e a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré em recém-nascidos cujas mães foram infetadas ganha cada vez mais força. E há mais uma prova disso.
A nova descoberta da ciência
Conta o The New York Times que um recente estudo realizado entre várias universidades e institutos do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel vem revelar que o vírus, para além de provocar microcefalia, pode danificar severamente várias partes do cérebro do feto.
Além disso, a investigação indica ainda que as zonas cerebrais afetadas são aquelas que continuam em desenvolvimento depois do bebé nascer, o que leva os investigadores a crer que tal trará consequências na qualidade de vida à medida que cresçam, podendo algumas das capacidades básicas ficar comprometidas.
De acordo com a publicação, as áreas que mais ficaram afetadas com o vírus foram o corpo caloso (estrutura cerebral que facilita a comunicação entre os dois hemisférios), o cerebelo (responsável pelo equilíbrio, fala e movimento) e os gânglios basais (área que coordena as emoções e a capacidade de pensamento).
O estudo teve por base a análise de imagens do cérebro (via scaner e ultra-som) de 45 bebés brasileiros cujas mães tinham sido infetadas com o vírus durante o período de gestação. Apenas três não tinham microcefalia.
As conclusões do estudo foram publicadas no site da revista Radiology.