As 11 diferenças entre a comida processada e a comida verdadeira

Sabe mesmo porque é que a comida processada faz tão mal?

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Daniela Costa Teixeira
24/01/2017 15:09 ‧ 24/01/2017 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Nutrição

Nos últimos meses, a ciência tem emitido vários alertas sobre os perigos para a saúde da ingestão de alimentos processados, não só pela quantidade de químicos e aditivos que possuem, mas em grande parte devido à frequência com que são ingeridos.

Os alimentos processados fazem parte do dia a dia e ocupam um espaço de destaque nas cadeias de supermercado, uma vez que são de consumo fácil e rápido. Esta ideia de instantaneidade vai ao encontro do quotidiano atarefado e da escassez de tempo para cozinhar que se vê nos dias de hoje. E qual o resultado? Mais de metade do que comemos não é comida de verdade… e a saúde é quem fica a perder.

Para combater esta alimentação de plástico que se tem feito nos últimos anos, são cada vez mais os estudos que salientam a importância de optar maioritariamente por alimentos naturais, ou seja, pelos alimentos que não foram alvo de qualquer tipo de processamento ou modificação genética.

Para facilitar a diferenciação entre comida processada e comida de verdade, o médico Robert Lustig publicou na revista JAMA Pediatrics um guia em que ensina as diferenças entre o que é uma alimentação natural e artificial.

Um dos principais aspetos que separa os alimentos processados dos alimentos naturais é a quantidade de fibra, sendo que os segundos ganham com um margem clara. As frutas, os vegetais, as leguminosas e os cereais integrais são as melhores fontes de fibra e uma melhor opção mesmo quando comparados com barras de cereais ‘ricas em fibra’ e que são comummente vendidas em lojas.

Os alimentos processados também contêm menores níveis de ácidos gordos ómega-3 quando comparados com os alimentos naturais ricos neste tipo de gordura, como o salmão e as sementes de linhaça. O azeite, embora sofra um processo de modificação para ficar no estado líquido, é considerado uma opção saudável. Mas se os alimentos processados pecam por defeito no que toca ao ómega-3, o especialista explica que os níveis de ácidos gordos ómega-6 são mais elevados, o que faz com que sejam uma opção menos saudável do que os alimentos naturais.

Um outro aspeto diferenciador entre estes dois tipos de comida diz respeito aos micronutrientes. Não há alimento processado que tenha tantas vitaminas e minerais como um alimento puro. Contudo, não há alimento natural que tenha tanta gordura trans como os alimentos processados.

A gordura trans está fortemente presente nas comidas ultracongeladas, nas refeições refrigeradas, nas bolachas, nos pães doces, nas batatas fritas, etc. Este tipo de gordura é altamente penosa para a saúde e é uma das principais causas do crescente ganho de peso dos últimos anos.

Os alimentos processados são também maus para a saúde por terem elevados níveis de aminoácidos de cadeia ramificada, conhecidos como BCAA. Este componente é importante para construir massa muscular, mas o seu consumo em excesso pode ser prejudicial e ter efeitos contrários, aumentando o ganho de massa gorda.

Por serem processados, estes alimentos contêm aditivos que fazem com que possuam a cor, o sabor e a textura ideal – ou até mesmo viciante. A quantidade exagerada de emulsinantes é também um dos principais aspetos que distinguem os alimentos processados dos alimentos naturais, assim como a existência de nitratos, componente presente em alimentos fumados e carnes processadas e que está ligado ao cancro do cólon, lê-se no site Live Science.

Embora a frutose seja o açúcar natural da fruta, a sua presença nos alimentos processados é preocupante, não só pela elevada quantidade, mas também por nunca estar só: muitos alimentos processados contêm várias tipologias de açúcar, incluindo a frutose.

Por fim, mas não menos grave, os alimentos processados também contêm sal a mais e muito etanol, embora este componente não esteja presente em todos os alimentos processados.

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