Muitas pessoas ao mesmo tempo e muitas mãos a pegar nos mesmos produtos e a tocar nos mesmos locais. Não é difícil perceber porque é que o supermercado é um dos espaços com mais germes, mesmo sendo dos que mais deve zelar pela higiene, contudo, há que saber quais são as ‘zonas críticas’.
E foi isso mesmo que o médico Charles Gerba fez. Em declarações ao site Today, o professor de Microbiologia e Ciências do Ambiente revelou aquelas que são as zonas do supermercado que podem ter mais germes e micróbios alojados e que, por isso, merecem uma especial atenção por parte das pessoas, seja na hora da escolha ou na hora de armazenar os alimentos/produtos em casa.
Comecemos pelo carrinho/cesto das compras. Uma vez que 80% dos germes são transmitidos pelas mãos, este é um dos objetos mais críticos de todos e dos que mais deve ser desinfetado. E continuando no carrinho das compras, o assento para as crianças é um outro local de risco, não fossem os mais novos mexer em tudo (incluindo na boca e no nariz). Limpar o carrinho com toalhetes desinfetantes, seja na zona das mãos ou onde se sentam com as crianças, antes do uso é uma boa forma de evitar males maiores.
O corredor da fruta e legumes (e os respetivos alimentos) é também um dos locais mais críticos, uma vez que grande parte das pessoas pega nestes alimentos com as mãos (mesmo quando a superfície comercial disponibiliza luvas de plástico) e outras chegam mesmo a chegá-los ao nariz para sentir o aroma.
Embalagens já semi-abertas ou rasgadas (seja de carne, peixe ou alimentos processados) são igualmente de evitar, uma vez que o risco de os germes se multiplicarem é maior, diz o especialista, que salienta ainda as latas com algum tipo de furo ou as embalagens inchadas, uma vez que tal pode ser já o resultado da existência excessiva de germes e micróbios.
Os ecrãs sensíveis ao toque – como aqueles onde se colocam os códigos das frutas e legumes quando cabe ao cliente fazer a pesagem – e os terminais de multibanco são outros exemplos de locais repletos de germes e micróbios.