Artrite reumatóide. Conheça esta doença inflamatória

Celebra-se esta quarta-feira o Dia Internacional do Doente com Artrite Reumatóide. Fique a saber mais sobre esta doença inflamatória.

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Daniela Costa Teixeira
05/04/2017 10:00 ‧ 05/04/2017 por Daniela Costa Teixeira

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A Artrite Reumatóide é uma doença reumática inflamatória crónica cuja origem é ainda desconhecida, embora a ciência desconfie que os verdadeiros responsáveis possam ser danos no ADN ou infeções por vírus (como o parvovírus e o vírus da rubéola, por exemplo).

Esta doença pode ocorrer em todas as idades, mas a sua incidência é mais frequente em adultos jovens e mulheres pós-menopáusicas, sendo o sexo feminino o género mais afetado. Diz o site da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide que esta doença afeta quatro mulheres para um homem, mas a gravidez pode ser uma boa forma de atenuar as suas consequências, sendo que três em cada quatro mulheres grávidas apresenta melhorias.

Como lhe contámos aqui, os sintomas iniciais desta doença auto-imune estão relacionados com inchaço das articulações das mãos e punhos, num padrão simétrico e de distribuição proximal. O paciente costuma apresentar outras queixas importantes: febre, dores generalizadas, cansaço, indisposição e rigidez matinal; inchaços e aumento de partes moles; nódulos reumatóides – localizados debaixo da pele, principalmente em áreas de apoio.

“Existe de forma característica uma inflamação de diversas articulações, podendo atingir e causar alterações na cartilagem, osso, tendões e ligamentos de diversas articulações”, explica no seu site a Instituto Português de Reumatologia, que salienta que “ocasionalmente, a inflamação pode atingir o revestimento dos pulmões (causando pleurite) ou o revestimento do coração (causando pericardite)”.

Segundo o organismo, num artigo assinado pelo médico Luís Cunha Miranda, esta doença “pode ainda atingir o pulmão ou associar-se a secura dos olhos ou da boca, devido à inflamação das glândulas que produzem a saliva e as lágrimas. Mais rara é a inflamação dos vasos que provoca a vasculite”.

O diagnóstico da doença passa, em parte, pela tumefação de três ou mais articulações, pelo envolvimento das articulações metacarpofalângicas e/ou metatarsofalângicas, pela rigidez matinal superior a 30 minutos e pela simetria do desenvolvimento articular, diz o site do organismo, que destaca ainda a necessidade de “realizar outros exames, como a cintigrafia, a ultrassonografia e a ressonância magnética nuclear, pois são estes que revelam sinovite (inflamação da membrana sinovial) ao termo de apenas algumas semanas”.

Por ser uma condição crónica, a cura é ainda uma utopia. A artrite reumatóide evolui por surtos cuja duração e intensidade varia de caso para caso e depende sempre de uma possível remissão.

De acordo com a informação disponibilizada pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a artrite reumatóide “não é uma doença rara, a sua prevalência (frequência) varia de 0,5-1,5% da população nos países industrializados. Em Portugal estima-se que afete 0,8 a 1,5% da população”.

Há dois anos, uma investigação desenvolvida no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e na Faculdade de Medicina de Coimbra abriu "portas para novos tratamentos para a artrite reumatóide".

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