Ter um estilo de vida saudável, pautado pelo exercício físico e pela alimentação variada e equilibrada, pode realmente reduzir o risco de cancro. A certeza surgiu num estudo revelado esta semana pela Universidade British Columbia, que coloca os hábitos saudáveis como uma das formas mais eficazes de prevenir a doença, mesmo sabendo-se que a má sorte tem algo a dizer.
O estudo agora divulgado vai ao encontro de outras investigações que salientavam que uma boa parte dos cancros surge devido a causas evitáveis, uma ideia defendida também pela Organização Mundial da Saúde, como diz o site LiveScience. Segundo a OMS, são dez os maiores inimigos do cancro e todos eles são fatores externos.
Para a investigação participaram 2,100 pessoas, que tiveram de revelar como era a saúde, o peso e o estilo de vida aos 25 e 50 anos. Os dados recolhidos ao longo do tempo de análise e os depoimentos de cada um dos participantes permitiram aos investigadores verificar que as pessoas que seguiam as recomendações de um estilo de vida (isento de maus hábitos e adepto da boa alimentação e do exercício físico) eram menos propensas a sofrer de cancro, uma diferença na ordem dos 50% quando comparadas quando as pessoas que sempre seguiram um estilo de vida menos saudável.
No caso das mulheres, diz o estudo, o estilo de vida menos saudável faz aumentar o risco de cancro da mama e do cólon e, no caso dos homens, faz crescer o risco de cancro da próstata e pulmão.
Este ano, um recente da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, vem contribuir para esta teoria ao revelar que a dieta inflamatória durante a adolescência pode aumentar o risco de cancro da mama na idade adulta e que este mesmo tipo de dieta aos 20, 30 e 40 anos aumenta o risco deste mesmo tipo de cancro no pré-menopausa.