Curcuma é tão eficaz no combate à dor como medicação. E não é tudo

Esta especiaria pode ser tão eficaz no combate à dor à semelhança de medicamentos como o paracetamol e o ibuprofeno. Mas os seus benefícios para a saúde não acabam ai...

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Liliana Lopes Monteiro
26/02/2018 12:17 ‧ 26/02/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Tratamentos

Um novo estudo analisou 50 jogadores profissionais de râguebi, de Milão, em Itália, que sofriam de dores musculares e nos ossos.

A pesquisa demonstrou que a curcuma é tão eficaz como outra medicação a tratar lesões de atletas, com efeitos equivalentes à da toma de paracetamol e de ibuprofeno.

A especiaria apresentou também menos efeitos secundários adversos, de acordo com o coordenador do estudo, Francesco Di Pierro: "A curcuma pode ser utilizada como um analgésico e para melhorar a performance física".

Esta 'prima' do gengibre, também chamada turmérico, raiz-de-sol, açafrão-da-índia ou açafrão-da-terra, é usada há mais de 2 500 anos na Índia.

Um representante da marca de suplementos Tumeric+, Adam Cleevely, considera os resultados "bastante animadores".

"Este estudo confirma os resultados de outras pesquisas realizadas anteriormente. E valida também o feedback que temos recebido ao longo dos anos, por muitos clientes que garantem os benefícios anti inflamatórios da curcuma e a melhoria que sentiram após começarem a ingeri-la, sobretudo nos casos de pessoas que sofrem de artrite".

Já em janeiro, a história de Dieneke Ferguson, de 67 anos, tinha vindo a público. A mulher londrina tem agora uma vida ‘normal’, após ter vivido durante mais de dez anos com um melanoma fatal.

Desesperada, Ferguson, começou a ingerir oito gramas, cerca de duas colheres de chá de curcuma, em comprimido, quando os tratamentos de quimioterapia e de células estaminais falharam. Neste momento, o número de células cancerígenas que ainda permanecem no organismo da mulher é quase inexistente.

Nos últimos anos, o neurocirurgião Joseph Maroon, do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh e corredor de ultra-maratonas usa suplementos de curcuma na sua alimentação. Joseph Maroon recomenda também o uso da especiaria e de óleo de peixe aos seus pacientes com dor e inflamação de doenças degenerativas da coluna vertebral, pescoço e região lombar. Maroon foi o principal autor de um estudo, em 2006, intitulado ‘Agentes naturais anti-inflamatórios para alívio da dor em atletas’ que já na altura tinha concluído que os efeitos terapêuticos da curcuma são comparáveis aos fármacos não-esteróides, mas com a diferença de não serem tóxicos e sem efeitos secundários.

Joseph Maroon sugere o consumo de 500 a 1000 miligramas de suplemento de curcuma por dia, nunca excedendo a dose diária de 2000 miligramas.

Outros ensaios clínicos sugerem ainda que a curcuma pode proteger quem a toma de doenças pulmonares ou cardiovasculares, de depressão, e de cancro vários tipos de cancro.

A Índia tem uma das taxas mais reduzidas do mundo de cancro do cólon, da próstata e do pulmão, em comparação com os Estados Unidos, por exemplo, onde as taxas são 13 vezes mais elevadas. Na tentativa de encontrar resposta para as causas destes bons resultados, diversos investigadores concluíram que a "culpa" é da dieta indiana rica em caril em pó, combinado com outras especiarias, com a curcuma como ingrediente principal.

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