Muitos são os que, por questões de higiene, cubram com papel o tampo da sanita. Pode e deve continuar a fazê-lo, mas não pelos motivos por que provavelmente o fazia.
Conta a Time que cobrir o assento com papel não impede a transmissão de doenças infecciosas – o principal receio de quem usa casas de banho públicas. Como refere William Schaffner, professor de medicina preventiva, “não há provas de que se esteja protegido desta forma”
O motivo está na textura do tampo da sanita, assim como no próprio papel que usa para o cobrir, que são porosos, logo, permitem a passagem de organismos microscópicos. Ainda assim, como explica outro especialista e professor de microbiologia, “a passagem é dificultada quando se usa várias camadas de papel”. Contudo, não vale a pena o gasto de papel já que, “a não ser que o assento esteja completamente sujo, com líquidos e partículas visíveis a olho nu, muito dificilmente apanhará alguma doença". Pelo contrário, o telemóvel contém em média dez vezes mais bactérias que o assento de sanita.
No pior cenário, mesmo que a sua pele entre em contacto com alguma bactéria, é rara a probabilidade de ficar infetado, sendo maior a possibilidade de tal acontecer através do contacto com a bactéria pelas mãos ou boca.
Assim sendo, os especialistas alertam para a importância de manter a higiene das mãos – regra básica para a proteção pessoal – que deve incluir sabão e ser minimamente demorada.