"O encerramento irreversível desta instalação será uma medida importante para a construção de confiança que irá sedimentar esforços adicionais em prol da paz e da desnuclearização verificável na península coreana", declarou António Guterres aos jornalistas, em Viena.
A Coreia do Norte afirmou no sábado que iria desmantelar o seu centro de ensaios nucleares em menos de duas semanas, antes do encontro do Presidente Kim Jong-Un com o homólogo norte-americano Donald Trump no próximo mês, um "gesto gracioso" bem acolhido por Trump.
Guterres manifestou ainda a expectativa de que este "momento positivo seja consolidado" na cimeira entre os dois líderes.
A Casa Branca adiantou que a Coreia do Norte será tema de conversa entre o Presidente dos Estados Unidos e o secretário geral da ONU.
"Os dois líderes discutiram temas de interesse mútuo, incluindo a Coreia do Norte, Síria e a reforma das Nações Unidas, bem como outras ameaças e desafios comuns", segundo o comunicado da Casa Branca.
O encontro desta sexta-feira entre Trump e Guterres acontece pouco depois do secretário-geral da ONU mostrar a sua preocupação com a situação em Gaza, onde pelo menos 52 palestinianos morreram e 1.700 ficaram feridos por soldados israelitas durante os protestos das últimas horas contra a transferência da embaixada dos Estados unidos em Telavive para Jerusalém.
Em dezembro, a ONU condenou a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e aprovou uma resolução não vinculativa pedindo a Washington que recuasse, mas o Presidente norte-americano ignorou a solicitação.
A embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém foi hoje oficialmente inaugurada, com a presença do secretário de Estado do Tesouro, Steven Mnuchin, a filha de Trump, Ivanka, e o seu marido e também assessor do Presidente, Jared Kushner.