"A decisão tomada pelo Governo foi de realizar a primeira volta das eleições presidenciais a 07 de novembro e a segunda volta a 19 de dezembro", disse Ntsay, nomeado em junho e com a missão de conduzir o país sem problemas até as eleições.
"Espero que a divulgação destas datas seja uma maneira de fortalecer o apaziguamento político e levar-nos a uma real eleição que resolva o problema de Madagáscar", acrescentou o primeiro-ministro, em Antananarivo.
O país, localizada no oceano Índico, foi abalado no final de abril por uma crise aberta entre o Presidente, Hery Rajaonarimampianina, e a oposição.
A crise parece ter acalmado com a formação, em meados de junho, de um Governo de consenso, no qual a oposição tem participação.
As datas das eleições presidenciais anunciadas hoje não estão, no entanto, em conformidade com uma decisão recente do Supremo Tribunal Constitucional.
Numa tentativa de tirar o país do impasse político, o Supremo Tribunal de Madagáscar decidiu acelerar o calendário eleitoral e exigiu que as eleições presidenciais fossem organizadas até ao final da estação seca, ou seja, até setembro/outubro.
O Presidente Rajaonarimampianina, eleito em 2013, ainda não anunciou se vai concorrer a um segundo mandato.
Por outro lado, os antigos chefes de Estado Andry Rajoelina (2009-2014) e o seu antecessor, Marc Ravalomanana (2002-2004), já deixaram a entender que se irão candidatar ao cargo.