A UNRWA precisou que a retirada é temporária e foi decidida por razões de segurança, na sequência de "incidentes alarmantes".
Segundo a agência palestiniana independente Maan, dezenas de trabalhadores da UNRWA manifestaram-se hoje de manhã frente ao hotel Al Deira, onde está instalado o diretor de operações, Matthias Shamali.
"Os manifestantes rodearam o automóvel do responsável da segurança especial da ONU depois de as negociações com a administração da UNRWA terem chegado a um impasse", noticiou a Maan.
Esta agência da ONU iniciou um processo de cortes e de despedimentos após a suspensão do financiamento norte-americano, anunciando a eliminação de 250 postos de trabalho na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e a redução de outros 500 a trabalho a tempo parcial.
Fontes sindicais disseram aos 'media' locais que a UNRWA ignorou acordos que tinha com os trabalhadores e lamentaram que a agência prossiga com os cortes depois de um determinado número de países e organizações terem aumentado as suas contribuições para colmatar a saída dos EUA.
A agência, que dá assistência a milhões de refugiados palestinianos nos territórios palestinianos, no Líbano, Síria e Jordânia, viu os seus graves problemas financeiros acentuarem-se com a decisão da administração Trump de cancelar a ajuda anual de mais de cerca de 350 milhões de dólares (cerca de 302 milhões de euros).