A União Europeia "insiste na necessidade de uma investigação aprofundada, credível e transparente, que esclareça as circunstâncias da morte e force os responsáveis a assumir total responsabilidade", afirmou Federica Mogherini, em comunicado.
Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
Jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais críticas da monarquia saudita.
A Arábia Saudita reconheceu hoje que o jornalista foi morto no seu consulado em Istambul durante uma luta, referindo que 18 sauditas estão detidos como suspeitos, segundo a agência oficial de notícias SPA.
A mesma agência revelou também que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de inteligência do reino e oficiais.
As informações reveladas não identificam os 18 sauditas detidos pelas autoridades.
A Alemanha considerou hoje "insuficientes" as explicações da Arábia Saudita sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, e França exigiu uma "investigação exaustiva", considerando que muitas questões permanecem "sem resposta".
O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, considerou que as explicações dadas pela Arábia Saudita não respondem a todas as questões e exigiu uma "investigação exaustiva e diligente".