Meteorologia

  • 15 NOVEMBER 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 18º

Chineses investem no imobiliário e apreciam bacalhau, sardinha e vinho

Os emigrantes chineses estão a apostar no setor imobiliário e recuperação de edifícios, aderem aos vistos 'Gold', gostam de bacalhau com natas, pataniscas, sardinha, vinho do Porto, pastéis de Belém e de Chaves e acham os portugueses amigos e simpáticos.

Chineses investem no imobiliário e apreciam bacalhau, sardinha e vinho
Notícias ao Minuto

06:30 - 03/12/18 por Lusa

Mundo Emigrantes

A agência Lusa encontrou uma família chinesa, que vive em Lisboa há mais de uma década, a passear perto do rio Douro, no Porto, em busca de oportunidades de negócio na área imobiliária na cidade.

O filho mais novo, Jie Lu, 22 anos, que veio viver para Portugal com três anos de idade e que frequentou o ensino português até ao 9.º ano de escolaridade, foi o interlocutor e tradutor na entrevista ao seu pai, Shang Mai, a propósito da visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal na próxima terça-feira.

Xi Jinping chega a Lisboa em visita oficial no próximo dia 04 de dezembro antecipando o arranque do ano da China em Portugal e preparando a comemoração de 40 anos de relações diplomáticas entre os dois países. O ano novo da China é o Ano do Porco e é proclamado a 05 de fevereiro.

Shang Mai, que considera o povo português "muito amigo" e "simpático", conta que ao contrário de outrora em que os chineses investiam no negócio da restauração e pequeno comércio, atualmente os emigrantes chineses estão a virar-se mais para o setor imobiliário, comprando casas e recuperando prédios devolutos.

Questionado sobre se conhecia o programa conhecido pelos 'vistos gold', que permitem residência em Portugal mediante um investimento de 500 mil euros num imóvel, Shang Mai assume que os chineses estão "bastante interessados nos vistos Gold".

Ji Lin Lia, 32 anos, natural de Zhenjiang, uma cidade ao sul da província chinesa de Jiangsu e que tem um dos portos mais movimentados da China, é a gerente de uma loja de roupa de mulher no centro do Porto e tem um filho a frequentar a escola portuguesa que "já fala muito bem português".

Ji Lin Lia acredita que a visita do Presidente Xi Jinping a Portugal vai ajudar a aumentar a união e a amizade entre os dois povos e conta que o acha "um homem espetacular".

Se se cruzasse com Xi Jinping na visita a Portugal, a lojista Ji Lin, que aprecia o peixe e o marisco português à sua mesa, principalmente robalo, dourada, amêijoa, sardinha e pataniscas, confessou à Lusa que gostava de lhe dar "um chi-coração" e um "passou bem de mão".

Quanto a pedir a Xi Jinping mais ajuda para os chineses em Portugal, Ji Lin diz que não precisa de lhe pedir isso.

"Ele sabe, ele é muito inteligente, por isso não preciso dizer nada, ele sabe", remata.

Chow Feng Ying, 60 anos de vida e há 40 a viver no Porto, com duas filhas duas filhas médicas formadas em Portugal e um filho de 15 anos a frequentar o ensino português, também considera a visita de Xi Jinping a Portugal "muito importante".

"Fiquei muito contente por saber que o Presidente da China vinha cá", disse Chow Feng Ying, atual dona do Chinês da Ponte, o primeiro restaurante chinês em Portugal e que funciona desde 1966 bem pertinho ao tabuleiro da ponte D. Luís I do Porto, conta que a visita de Xi Jinping a Portugal é considerada pelos chineses como um "momento de felicidade", porque vai ajudar os dois povos a "serem mais amigos".

Chow Feng Ying, que classifica o povo português de "muito simpático" e "muito amigo", aprecia os sabores lusitanos, principalmente as frutas, o bacalhau com natas, o vinho do Porto, mas também os pastéis de Nata e os pastéis de Chaves.

A família de Chow Feng Ying emigrou toda para Portugal e os filhos nasceram em solo português. Hoje faz a vida normal de uma cidadã totalmente inserida na sociedade portuguesa, frequentando o ginásio e indo ao cabeleireiro, entre outras atividades.

Feng Ying considera que atualmente os chineses vêm mais facilmente para Portugal, porque, exlica, "a China agora está aberta. Agora a China tem muito dinheiro para passear. Os reformados da China quando não têm nada para fazer vão passear".

CCM/ASYS // EL

Lusa/Fim

Recomendados para si

Campo obrigatório