Confrontos em Paris. Polícia usa gás lacrimogéneo

Autoridades temem mais violência, este sábado, na capital francesa. Há já mais de 400 interpelações e 211 detidos, de acordo com a imprensa francesa.

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Melissa Lopes
08/12/2018 10:17 ‧ 08/12/2018 por Melissa Lopes

Mundo

França

A manifestação do protesto conhecido como coletes amarelos, em Paris, marcado para este sábado (já o quarto), está a subir de tom, com a polícia a usar gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, cerca de 1500, por esta altura, perto dos Campos Elísios. 

De acordo com o Le Parisien, que está a acompanhar o protesto,  o último balanço dá conta de 481 identificados e 211 detidos naquele que é o quarto sábado de protesto na capital francesa. 

Os coletes amarelos voltaram hoje a sair às ruas em Paris, numa ação que levou as autoridades francesas a adotarem múltiplas medidas preventivas, designadamente o reforço policial nas ruas, que envolve o desdobramento de mais de 90 mil agentes.

Sem organização formal e sem terem feito o pedido formal de manifestação, o protesto dos "coletes amarelos" em Paris é imprevisível.

Todas as lojas e restaurantes dos Campos Elísios e das imediações estão fechados e, tal como nos fins de semana passados, os transportes em várias zonas da cidade estão afetados com estações metro e de comboios fechadas durante todo o dia.

Uma delegação de representantes, incluindo figuras como Benjamin Cauchy e Jacline Mouraud, reuniu sexta-feira com o primeiro-ministro Édouard Philippe, para tentar encontrar soluções para um impasse negocial que se arrasta há quatro semanas, mas esse gesto não foi acompanhado pela desmobilização da ação de protesto, que começou por ser contra os aumentos dos combustíveis.

A delegação de representantes do movimento coletes amarelos tinha feito ao longo da semana vários apelos para que uma quarta manifestação não ocorresse hoje em Paris, para evitar novos distúrbios e confrontos com a polícia. 

Para prevenir a o efeito de nova manifestação, das ruas do centro de Paris, foi retirado quase todo o mobiliário urbano, com receio de que possa ser usado como armas pelos milhares de manifestantes que tomarão de assalto a zona dos Campos Elísios.

[Notícia em atualização]

 

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