Presidente do Senegal tenta reeleição face a quatro rivais
O presidente do Senegal, Macky Sall, vai tentar ser reeleito para um novo mandato, face a quatro rivais, nas eleições presidenciais de 24 de janeiro, segundo a lista definitiva de candidatos aprovada pelo Tribunal Constitucional.
© Reuters
Mundo Macky Sall
A decisão do chamado Conselho Constitucional foi hoje publicada no diário estatal "Le Soleil" e coloca na corrida eleitoral contra Sall o opositor Ousmane Sonko, o ex primeiro-ministro Idrissa Seck, o advogado Madické Ninag e o líder do Partido pela Unidade e Congregação (PUR), El Hadji Sall.
O tribunal ratifica assim a lista provisória anunciada a 14 de janeiro, que exclui duas proeminentes figuras da oposição senegalesa: o ex-presidente da câmara de Dacar Khalifa Sall e o ex-ministro Karim Wade, ambos condenados por peculato.
"Não é uma decisão justa. Esperávamos que o Conselho Constitucional mudasse de registo e julgasse sem tomar partido. Foi uma decisão política", disse à agência Efe Ibrahima Ndiaye, porta-voz de Khalifa Sall, acrescentando que o Conselho tem sido usado como o braço armado de um dos candidatos para afastar os outros".
Sall foi condenado em 2018 a cinco anos de prisão e multado em cinco milhões de francos CFA (7.625 euros) por falsificação de registos comerciais e documentos administrativos, fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
Por sua vez, Wade, filho do ex-Presidente Aboudalaye Wade, foi condenado em 2015 a seis anos de prisão e uma multa de 138.000 milhões de francos CFA (210 milhões de euros).
Em 2016, Wade foi indultado por Macky Sall, embora tivesse mantido a multa e, após a sua libertação, foi para o exílio no Qatar, até que decidiu voltar em 2018 para se apresentar como candidato.
No entanto, de acordo com o código eleitoral senegalês, se uma pessoa for condenada à prisão por cinco anos ou mais não pode votar e, consequentemente, não pode candidatar-se.
A exclusão de Sall e Wade facilita a reeleição de Macky Sall, Presidente do Senegal desde abril de 2012, quando substituiu Abdoulaye Wade, que estava no poder desde 2000.
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