Os soldados saíram da Turquia na noite da tentativa de golpe de Estado fracassado em julho de 2016.
Exilados no país vizinho, foram incluídos na "lista vermelha" dos "terroristas mais procurados" da Turquia, após o Judiciário grego ter rejeitado os pedidos de extradição de Ancara, afirmando que os soldados não teriam no seu país um julgamento justo.
A data de anúncio da recompensa, equivalente a cerca de 670.000 euros por cabeça, coincide com a visita à Turquia do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que começa hoje e tem como objetivo tentar aliviar as tensões criadas por esta questão e outras divergências.
A questão deve ser abordada hoje pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na reunião com Tsipras, marcada para hoje.
O Ministério atualizou a sua lista de "terroristas fugitivos", acrescentando 74 suspeitos a uma categoria que já tinha 490 antigos militares fugidos e supostamente envolvidos no golpe ou ligados à irmandade do religioso Fethullah Gulen, que Ancara acusa de ser o instigador do golpe de 2016.
Para estas 74 pessoas, é oferecido um total de 66,9 milhões de liras (mais de 11 milhões de euros) de recompensa.
Entre os 184 nomes que compõem a "lista vermelha" do Ministério do Interior, ou seja, a categoria dos mais procurados, os supostos seguidores de Gulen são 52, enquanto o resto, a maioria são alegados guerrilheiros curdos.
Várias outras centenas aparecem nas listas azul, verde, laranja e cinza.