Os eleitores, num país com 2,1 milhões de habitantes, deverão eleger o sucessor do atual chefe de Estado, o conservador Gjorge Ivanov, que desempenha o cargo desde maio de 2009 e não pode repetir o mandato.
Stevo Pendarovski, que se apresenta pelo social-democrata SDMS, do primeiro-ministro Zoran Zaev, defendeu a alteração do nome num comício que decorreu em Skopje no início desta semana. E perante os apoiantes recordou que o Acordo de Prespes com a Grécia permitirá ao pequeno país tornar-se Estado-membro da NATO.
A candidata Siljanovska Davkova, do conservador VMRO-DPMNE, na oposição e de onde provém o Presidente cessante, acusou por sua vez o atual Governo liderado pelo social-democrata Zoran Zaev pela "dolorosa" alteração do nome, a quem também acusou de corrupção e nepotismo.
A Macedónia do Norte e a Grécia alcançaram um acordo em 2018 para terminar com quase três décadas de contencioso sobre o nome da Macedónia.
Caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos na primeira volta, a segunda votação entre os dois primeiros concorrentes foi agendada para 05 de maio.
No entanto, o resultado apenas será validado caso a taxa de participação atinja um mínimo de 40%. Caso contrário o escrutínio deverá ser repetido.
Na quinta-feira, o ministro da Justiça admitiu duas opções no caso de uma elevada abstenção no escrutínio de domingo: a eleição do chefe de Estado por eleições diretas na segunda volta sem um limite de taxa de participação, ou a sua eleição pelos deputados no parlamento.
O Presidente eleito, com funções essencialmente protocolares, será o quinto desde a proclamação da independência da Macedónia do Norte em 1991, em plena desagregação da Jugoslávia federal.
O primeiro chefe de Estado foi Kiro Gligorov, entre 1991 e 1999; seguiram-se Boris Trajkovski (1999 a 2004), Branko Crvenkovski (2004 a 2009), e o atual titular, Gjorge Ivanov.
Os resultados deverão constituir uma indicação sobre a disposição política da população na sequência do Acordo de Prespes sobre a alteração do nome, e muito contestado nos dois países.
O atual Presidente foi o principal opositor deste acordo, tendo-se inclusive negado a assiná-lo, numa posição idêntica quando lhe foi apresentada a lei que permitiu o albanês como segunda língua oficial do país. Por fim, o acordo acabou por ser legitimado pelos parlamentos dos dois países.
O Presidente do país é comandante em chefe das Forças Armadas, fornece o mandato para a formação de um novo governo, assina leis e acordos internacionais e designa embaixadores.