Andrés López Obrador confirmou que o México cumpriu o compromisso de fazer uma reforma laboral, criando condições para estabelecer um novo acordo comercial (o T-MEC) com os EUA e com o Canadá, que substituirá o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).
"Dissemos que esta reforma seria aprovada e cumprimos. Agora cabe ao governo dos EUA, aos legisladores dos Estados Unidos, concluir a aprovação do acordo de livre comércio", disse hoje o Presidente do México, numa conferência de Imprensa no Palácio Nacional.
López Obrador explicou que o Senado mexicano tinha aprovado na segunda-feira a reforma da Lei Laboral, condição considerada 'sine qua non' pelos Estados Unidos para ratificar o acordo comercial entre o México, os Estados Unidos e o Canadá.
O Presidente mexicano disse que a nova legislação é "um passo em frente, porque os trabalhadores garantem os seus direitos e podem escolher livremente os seus representantes sindicais".
López Obrador saudou esta reforma, também por ela ter tido o apoio dos empresários e dos sindicatos mexicanos, observando que, com a sua aprovação "cumpre-se o compromisso com o governo dos EUA para assinar o acordo T-MEC".
A nova lei laboral mexicana, aprovada no Senado por 120 votos favoráveis e dois desfavoráveis, prevê o desaparecimento das juntas de conciliação e arbitragem e a criação, em sua vez, de tribunais especializados de poder judiciário, para além de incluir liberdade sindical que permite aos trabalhadores escolher os seus representantes por voto direto.
A líder da Câmara dos Representantes, no Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, tinha dito em abril que os norte-americanos não aprovariam o novo acordo de livre comércio na América do Norte sem essa reforma estar aprovada no Senado mexicano.