Segundo informou hoje a universidade, a cerimónia decorre no próximo dia 27 de maio, na Nova School of Business & Economics, em Carcavelos.
"É para a Universidade Nova de Lisboa um privilégio poder distinguir uma figura maior na luta pelo fim da violência e pelos direitos das mulheres", considerou João Sàágua, reitor da universidade, citado num comunicado enviado à agência Lusa.
Para João Sàágua, Denis Mukwege "é um exemplo inspirador de uma vida em prol da igualdade entre pessoas e povos".
A Universidade Nova destacou o papel de Denis Mukwege como "voz ativa pelo fim da violência sexual como arma de guerra", lembrando que fundou, em 1999, o Panzi General Hospital, em Bukavu, na República Democrática do Congo.
O médico congolês foi distinguido em 2018 juntamente com a ativista de direitos humanos Nadia Murad, com o Prémio Nobel da Paz.
Denis Mukwege, com 63 anos, é um médico ginecologista congolês que tem desenvolvido uma ação humanitária na República Democrática do Congo, onde trata mulheres vítimas de violação.
O médico é um dos maiores especialistas mundiais na reparação e tratamento de danos físicos provocados por violação e no seu hospital em Bukavu trata mulheres que foram violadas por milícias na guerra civil do Congo.
Durante os 12 anos de guerra tratou mais de 21.000 mulheres, algumas mais do que uma vez, chegando a fazer mais de 10 cirurgias por dia.
Mukwege também já foi galardoado com os prémios Olof Palme (2008), Sakharov (2014) e veio a Portugal receber o Prémio Calouste Gulbenkian em 2015.