Governo britânico apoia acusação de 4 suspeitos pelo abate do voo MH17

O governo britânico urgiu hoje a Rússia a cooperar com a Comissão Internacional de Investigação à queda do avião do voo MH17 da Malaysia Airlines, manifestando apoio à acusação judicial de quatro suspeitos.

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© Getty Images

Lusa
19/06/2019 15:04 ‧ 19/06/2019 por Lusa

Mundo

Malaysia Airlines

"O abate do MH17 há quase cinco anos e a morte trágica das 298 pessoas a bordo, incluindo 10 britânicos, foi um crime horrível. A família e os amigos daqueles que morreram merecem justiça", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt.

O chefe da diplomacia britânica disse que o governo "tem total confiança na equipa de investigação conjunta e no sistema de justiça criminal holandês" e elogiou o "trabalho meticuloso" da Comissão Internacional de Investigação.

"A Federação Russa deve agora cooperar plenamente com a procuradoria e prestar toda a assistência solicitada, de acordo com a resolução 2166 do Conselho de Segurança da ONU. As acusações apresentadas hoje mostram que a comunidade internacional está unida contra a impunidade dos responsáveis pelo assassinato desprezível de 298 pessoas inocentes", vincou Jeremy Hunt.

As autoridades holandesas anunciaram hoje que pretende julgar por homicídio quatro suspeitos de terem provocado a queda avião do voo MH17 da Malasyia Airlines, ao terem disparado um míssil russo, a partir da zona separatista da Ucrânia.

O julgamento deverá iniciar-se na Holanda em 9 de março de 2020, e terá quatro pessoas no banco dos réus, três russos e um ucraniano.

Segundo a comissão internacional de investigação, liderada pela Holanda, o Boeing da Malasyia Airlies foi abatido por um míssil proveniente da 53.ª brigada antiaérea russa, baseada em Kursk (na Rússia).

A Rússia nega qualquer envolvimento no ataque e culpa Kiev pela queda do avião, afirmando que o míssil encontrado nos escombros do acidente pertence aos arsenais do exército ucraniano.

 

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