Presidente pede a guineenses para preservarem paz e liberdade

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu hoje aos guineenses para preservarem a paz e a liberdade antes de viajar para a Nigéria para participar na cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Notícia

© Lusa

Lusa
28/06/2019 14:37 ‧ 28/06/2019 por Lusa

Mundo

Comunidade

"Só estou preocupado com a paz que conquistámos aos longos destes anos. Foram realmente os meus legados, a paz e a liberdade, e peço a todos os filhos da Guiné para os preservarem para que amanhã, quem se sente nesta cadeira (de Presidente), possa gozar de paz e de liberdade", afirmou José Mário Vaz.

A deslocação de José Mário Vaz à Nigéria ocorre quando a Guiné-Bissau vive uma nova crise política e que levou a maioria dos deputados da Assembleia Nacional Popular (parlamento do país) a aprovar quinta-feira uma resolução que determina a cessação imediata das funções constitucionais do Presidente da República e a sua substituição no cargo pelo presidente do parlamento.

O Presidente guineense falava aos jornalistas no aeroporto internacional de Bissau onde foi recebido por centenas de apoiantes e dirigentes do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) e do Partido de Renovação Social (PRS).

À chegada ao aeroporto, José Mário Vaz acabou por descer da sua viatura e ir cumprimentar a população que o aguardava.

Salientando aos jornalistas que queria deixar uma mensagem "importante ao país", o chefe de Estado afirmou que foi através da unidade que a Guiné-Bissau conseguiu a independência e que só com a unidade se poderá construir o país.

"Quero, e foi a razão da minha luta até ao dia de hoje, que haja unidade, coesão e solidariedade entre nós filhos da Guiné-Bissau. O que é importante é respeitar as leis da República, porque só assim é que podemos caminhar direito", disse o Presidente, que não se pronunciou sobre a decisão do parlamento.

A resolução apela também à comunidade internacional para "manifestar e garantir total e efetivo apoio, colaboração e solidariedade à presidência interina do Estado da Guiné-Bissau, bem como a não compactuar com eventuais manifestações de poderes à margem da Constituição e demais leis da República.

No documento, é recomendado também "não reconhecer qualquer tipo de representatividade do Estado da Guiné-Bissau" a José Mário Vaz, nem assumir qualquer responsabilidade a eventuais compromissos que "o ex-Presidente" venha a assumir.

A crise política continua na Guiné-Bissau depois de José Mário Vaz, que terminou o seu mandato de cinco anos no domingo, ter recusado por duas vezes nomear para o cargo de primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, partido mais votado nas eleições de 10 de março.

O vencedor das eleições acabou por indicar Aristides Gomes, nome aceite pelo Presidente, que, no entanto, não nomeou o Governo indicado pelo novo primeiro-ministro até ao dia 23 de junho, violando assim o prazo estipulado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para o fazer.

José Mário Vaz marcou eleições presidenciais para 24 de novembro.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas