O Tribunal de Justiça da União Europeia rejeitou esta segunda-feira o recurso de Carles Puigdemont e Toni Comín, os dois dirigentes independentistas catalães que foram eleitos para o Parlamento Europeu, "contra a decisão do Parlamento Europeu" de impedi-los de se sentarem a partir de amanhã no hemiciclo de Estrasburgo, refere o El País.
O recurso tinha sido apresentado na passada sexta-feira. O tribunal deu assim razão à decisão do Parlamento Europeu.
"Dado que é indiscutível que os requerentes não foram incluídos na lista enviada pelas autoridades espanholas ao Parlamento no dia 17 de junho de 2019, deve estimar-se que, à primeira vista, os requerentes não tinham sido oficialmente declarados", justificou o presidente do Tribunal de Justiça da União Europeia.
A justiça comunitária rejeita assim os resultados das eleições europeias.
O recurso apresentado por Puigdemont e Comín baseava-se na ideia de que o Parlamento Europeu nega o direito dos dois independentistas de serem eurodeputados, algo que o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, já tinha recusado na semana passada. Numa carta, Tajani argumentou que apenas cumpriu com os procedimentos e passou a responsabilidade da decisão de afastar Puigdemont e Comín do Parlamento Europeu para as autoridades espanholas.
Carles Puigdemont já reagiu a esta decisão da justiça europeia. No seu Twitter, o antigo líder da Generalitat catalã mantém a esperança de que ainda vai sentar-se no hemiciclo de Estrasburgo como eurodeputado.
Continuem! Era molt difícil que s'admetés a tràmit i encara més que es concedissin cautelars. Estem preparats per la vista que se celebrarà properament: la representació de milions de votants està en joc, i també, el futur de la UE com a espai de democràcia exemplar https://t.co/Rxfo1Darnr
— Carles Puigdemont (@KRLS) July 1, 2019
"Estamos preparados para que essa visão se celebre em breve: a representação de milhões de eleitores está em jogo, e também, o futuro da União Europeia como um espaço de democracia exemplar", escreveu Puigdemont.