A Igreja Católica em Israel pediu ao país que reconsidere a deportação de trabalhadoras imigrantes filipinas e questionou a política que as leva a perder o emprego e residência se ficarem grávidas, adiantou a EFE.
"Atualmente, as trabalhadoras estrangeiras estão forçadas a escolher entre o emprego e os direitos de maternidade", declararam os chefes da igreja católica, em comunicado, no sábado.
Os líderes religiosos mostraram-se preocupados com a recente decisão da autoridade israelita para as migrações de deportar uma centena de mulheres imigrantes filipinas, habitualmente empregadas domésticas, e aos seus filhos, nascidos em Israel.
"As mulheres filipinas vieram para o país porque a sociedade israelita precisa delas. A maioria trabalha em funções essenciais e em condições difíceis: cuidar de idosos ou doentes crónicos, ajuda doméstica e limpeza, em horários longos", defendem os chefes da igreja.
A igreja católica pediu ainda "misericórdia" para os filhos destas mulheres, nascidos em Israel e que "não podem sequer ter a cidadania dos seus pais", pedindo que tenham a possibilidade de viver na terra onde nasceram.
Ainda que a maioria destas pessoas em situação irregular sejam filipinos, há também famílias de outros países asiáticos, da Europa de leste e da América Latina.