Este é o segundo vídeo do mesmo género publicado no seu órgão de propaganda desde a sua derrota pela coligação internacional, em março passado.
Nos últimos meses, o EI realizou uma série de ataques dirigidos em particular às forças curdas, nos seus antigos feudos no norte e no nordeste da Síria.
A derrota do califado autoproclamado pelo EI em 2014 foi anunciada a 23 de março, após a captura do último bastião de jihadistas no leste da Síria, depois de uma ofensiva das Forças Democráticas da Síria (SDS), dominada por combatentes curdos e apoiada pela coligação internacional anti-jihadista.
Contudo, os combatentes do Estado Islâmico e células adormecidas ainda estão espalhados em várias partes do país e, de acordo com um recente relatório do Pentágono norte-americano, está a "ressurgir na Síria".
"O fogo da batalha entre nós e eles (as forças curdas e seus aliados) foi reacendido e irá intensificar-se", ameaçou o EI num vídeo dirigido aos seus apoiantes.
O último ataque reivindicado pelo EI remonta a 7 de agosto passado, quando cinco pessoas, incluindo três crianças, foram mortas num atentado com carro-bomba, em Qahtaniya, na província de Hassake, controlada pelos curdos.
O vídeo, com cerca de dez minutos, também mostra cenas de decapitação e filmagens a curta distância de pessoas apresentadas como combatentes curdos sequestrados pelos jihadistas, refere a agência noticiosa AFP.
A montagem inclui igualmente reportagens de televisão e testemunhos a garantir que o EI não foi derrotado pela coligação e ainda está presente na Síria.
"Mesmo se perder o seu "califado" territorial, o Estado Islâmico (...) retomou as suas atividades na Síria este trimestre", especifica o relatório do Pentágono, enquanto os Estados Unidos estão a retirar parcialmente do país, por decisão do Presidente Donald Trump.
Uma foto de Donald Trump, a mostrar um mapa de áreas anteriormente controladas pelo EI, também é destaque no vídeo.
O mais recente vídeo de propaganda divulgado pelo Estado Islâmico a convocar os seus apoiantes para continuarem a luta foi publicado a 29 de abril, pouco mais de uma semana após os ataques fatais no Sri Lanka terem sido reivindicados pelo grupo.
O líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, que apareceu no vídeo pela primeira vez em cinco anos, prometeu que o EI "se vingaria" em nome de seus membros mortos e que a luta contra o Ocidente seria "uma longa batalha".