"Confirmou-se, tal como eu previra há algumas semanas atrás, a nomeação de uma mulher, o que é natural pois Portugal é dos doze primeiros Estados-membros da União Europeia o único que ainda não teve uma comissária", salientou José Manuel Durão Barroso, em resposta escrita a perguntas formuladas por alunos da Universidade de Verão do PSD, iniciativa de formação política que decorre até domingo em Castelo de Vide (Portalegre).
Nas respostas que serão publicadas no jornal diário interno da iniciativa, o JUV, o antigo presidente da Comissão Europeia -- entre 2004 e 2014 -- considerou que Elisa Ferreira "é sem dúvida alguém com considerável experiência e sincera convicção europeia".
"Desejo-lhe os maiores sucessos como comissária e espero que a nova Comissão, liderada por Ursula von der Leyen, por quem tenho grande consideração e estima pessoal, traga uma maior energia a esta grande realização que é a União Europeia", referiu ainda.
Em 4 de julho, durante o Fórum Euro-Africa, em Carcavelos, Durão Barroso já tinha admitido que o Governo português viesse a indicar uma mulher para comissária, o que foi hoje confirmado.
O primeiro-ministro, António Costa, escolheu a ex-ministra Elisa Ferreira para comissária europeia e já o comunicou à nova presidente da comissão, disse hoje à agência Lusa fonte oficial do seu gabinete.
Segundo a mesma fonte, oportunamente a presidente eleita da Comissão Europeia comunicará a pasta atribuída à futura comissária portuguesa.
Elisa Ferreira foi ministra dos governos chefiados por António Guterres, primeiro do Ambiente, entre 1995 e 1999, e depois do Planeamento, entre 1999 e 2002, e ocupa, desde setembro de 2017, o cargo de vice-governadora do Banco de Portugal.
Elisa Ferreira sucederá a Carlos Moedas, comissário indicado pelo anterior governo PSD/CDS-PP.
Carlos Moedas teve a seu cargo a pasta da Investigação, Ciência e Inovação e foi nomeado em novembro de 2014.