Sem especificar detalhes das vítimas mortais, Cosenza indicou hoje aos jornalistas que foram confirmadas na semana passada mais duas mortes, que se somam aos 142 mortos por dengue grave ou do tipo hemorrágico que as autoridades de saúde tinham contabilizado até ao dia 23 de setembro.
O responsável explicou que as autoridades analisam ainda as causas de morte de outras 38 pessoas que apresentaram sintomas de dengue, uma doença causada pelo mosquito 'Aedes aegyti', enquanto outros 41 casos foram excluídos.
Cerca de 81.181 pessoas contraíram dengue nas Honduras desde o inicio deste ano, a pior epidemia desta doença neste país da América Central, assinalou Cosenza, que novamente lembrou à população que esta doença é "evitável".
Do total de casos de pacientes, mais de 64.000 são de dengue não mortal, enquanto os de tipo hemorrágico somam mais de 16.000.
As autoridades das Honduras mantêm um alerta epidemiológico desde julho e adotaram medidas para prevenir a propagação de dengue, como a pulverização nas casas e a formação de profissionais de saúde.
Numa entrevista à agência de noticias espanhola Efe no passado dia 25, a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Piedad Huerta, disse que não vê "em breve" o fim da epidemia de dengue na América Central, onde a doença provocou 211 mortos este ano e já infetou mais de 240.000 pessoas.
"Não estamos seguros de que realmente possamos entrar numa franca redução da epidemia em breve (...), mas estamos a trabalhar fortemente com apoio técnico aos Ministérios da Saúde", salientou Huerta.
Honduras, Guatemala e Nicarágua são dos países mais afetados pela propagação deste vírus.