"Todo o trabalho está a ser feito pelas forças de defesa e segurança para que os cidadãos possam exercer o seu direito de votação e para que os observadores possam ter a segurança necessária para fazer o seu trabalho", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Pacheco, que falava durante um encontro com membros das missões de observação, nas instalações do Ministério, em Maputo.
O chefe da diplomacia moçambicana disse ainda que "qualquer situação que possa ocorrer" e que temporariamente possa impedir acesso a certas zonas, "será comunicada pelos canais oficiais", disse.
O governante referiu que "à partida, estão criadas as condições para que a observação eleitoral seja feita em toda a extensão do território de Moçambique".
Na segunda-feira, o diretor-executivo do Fórum das ONG (FONGA) e dirigente da organização de observação Sala de Paz, Anastácio Matavel, foi morto em Gaza, sul de Moçambique.
No dia seguinte, a Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou que o homicídio terá sido perpetrado por um grupo de quatro agentes e um civil, referiu, sem adiantar as possíveis motivações. Dois dos suspeitos morreram num acidente que envolveu a viatura em que os cinco fugiam do local do homicídio, na cidade de Xai-Xai, capital da província de Gaza.
Em 15 de outubro, 12,9 milhões de eleitores moçambicanos vão escolher o Presidente da República, dez assembleias provinciais e respetivos governadores, bem como 250 deputados da Assembleia da República.
Ataques armados levados a cabo por grupos criados em mesquitas consideradas insurgentes na região eclodiram em Mocímboa da Praia a 05 de outubro de 2017.
Como consequência já terão morrido cerca de 250 pessoas, quase todas em aldeias isoladas e durante confrontos no mato, mas, em algumas ocasiões, a violência já atingiu transportes na principal estrada asfaltada da região, bem como a área dos megaprojetos de exploração de gás - nos quais há várias empresas portuguesas subcontratadas.