Os manifestantes da comunidade LGBTI empunharam bandeiras com as cores do arco-íris (símbolo do movimento), balões e cartazes, dançando ao ritmo de tambores e gritando palavras de ordem.
Entre os motivos para o desfile está a exigência de se poderem identificar em qualquer género, recusando terem de se registar como transgénero e fornecerem prova de cirurgia às autoridades, como está estabelecido num projeto de lei que vai ser discutido e votado, em breve, no Parlamento da Índia.
Num comunicado divulgado esta semana, dirigentes de movimentos de apoio à comunidade LGBTI escreveram que o projeto de lei contradiz uma decisão judicial do ano passado, que anulou uma lei da era colonial, segundo a qual o sexo entre pessoas do mesmo género era punível com pena de prisão até 10 anos.
No comunicado afirmam ainda que a proposta legislativa "discrimina diretamente a comunidade e retira-lhe dignidade".
Zara, de 21 anos, uma das participantes na manifestação, que não usa apelido, disse que "continua a não haver aceitação social" para os membros da sua comunidade e que não basta alterar a lei, mas que é necessário, sobretudo, alterar mentalidades.
Ali Ahmed Faraz, um jovem que compareceu ao lado do namorado, disse que os membros da comunidade LGBTI podem manifestar-se livremente nesta marcha anual, para dizerem que existem e que estão presentes.
"Fazemos parte da sociedade. E, aqui, vocês podem ver-nos", concluiu Faraz.