"Acredito que nas próximas horas a ordem de urgência contra ele será divulgada", disse Arturo Murillo em Washington numa referência a Morales, acrescentando ter sido já emitida uma ordem de captura contra o ex-ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, que se encontra na embaixada mexicana na Bolívia.
Esta foi a primeira visita aos Estados Unidos de um responsável da Administração Interina da Bolívia, que é chefiada pela Presidente interina, Jeanine Áñez.
Pressionado pela polícia e pelo exército, Evo Morales foi forçado a renunciar a 10 de novembro, após três semanas de manifestações para protestar contra as fraudes nas eleições presidenciais denunciadas pela oposição e Organização dos Estados Americanos (OEA).
Morales tentava um quarto mandato consecutivo, depois de quase 14 anos no poder na Bolívia. O parlamento boliviano aprovou uma lei no final de novembro a convocar novas eleições presidenciais e legislativas, sem Evo Morales, que não poderá concorrer.
O ex-Presidente boliviano denunciou que a proclamação da senadora Jeanine Añez como Presidente interina foi um "golpe de Estado".
Quanto a estas acusações, o ministro interino Arturo Murillo afirmou que não houve qualquer golpe contra o ex-Presidente boliviano e que "o país estava à beira de entrar num desastre".